EDISON LOBÃO FARÁ PROJETO PARA GARANTIR POUPANÇA DE MUTUÁRIOS
O senador Edison Lobão (PFL-MA) anunciou hoje (dia 4) que apresentará brevemente projeto para criar um seguro que garanta os investimentos populares feitos para a aquisição de habitações a serem construídas. Ele está preocupado com as notícias que prevêem o colapso total da Encol, fato que, a seu ver, ocasionaria a perda da poupança de milhares de brasileiros que confiaram na empresa para a compra da casa-própria.
- Na verdade, chego a colocar em dúvida o noticiário da imprensa em torno do assunto - afirmou Lobão, ao lembrar que a construtora "há algum tempo está sob a responsabilidade gerencial do poder público federal. Conforme explicou, à frente da Encol está um qualificado especialista indicado pelo Banco do Brasil, que, juntamente com a Caixa Econômica Federal e o Banco Estado de São Paulo lidera um pool de bancos encarregados de efetivar um acordo que garanta recursos do Sistema Financeiro da Habitação para a retomada de cerca de 700 obras paralisadas.
Na opinião do senador, parece claro que, a partir de um determinado momento, o problema da construtora foi assumido de fato e de direito pelo governo federal."E o fez, aliás, com muita oportunidade e alto espírito público, pois o poder central não poderia se omitir frente a uma situação empresarial grave, que abarca os interesses de 42 mil mutuários e de 12 mil funcionários da Encol, num universo familiar de aproximadamente um quatro de milhão de brasileiros", salientou.
Citando o noticiário da imprensa, Edison Lobão identificou a nova crise da construtora na intenção demonstrada pelo Banespa de retirar-se do pool de bancos. Ele assinalouque o "credor de R$ 87 milhões da Encol, o Banco do Estado de São Paulo, entraria com R$ 300 milhões para uma caixa comum, que, realizando o capital de R$ 1,2 bilhão, sustentaria o acabamento das obras paralisadas da empresa".
O senador disse confiar nas providências que tomará o Ministério da Fazenda para resolver a questão. Conforme ressaltou, a falência da Encol "teria efeitos dramáticos" no mercado imobiliário e comprometeria "por gerações as perspectivas brasileiras de poupança interna, com sérias seqüelas para os fundos de pensão, a nossa maior esperança no campo da poupança e da previdência privada".
04/08/1997
Agência Senado
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