Eduardo Azeredo reclama mais recursos para o Ministério da Defesa



O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) afirmou nesta terça-feira (14), em discurso no Plenário, que o governo federal só gastou pouco mais de 8% do orçamento previsto para o Ministério da Defesa neste ano. Eram R$ 2,4 bilhões previstos para 2007 e até agora o ministério executou apenas R$ 205 milhões. O senador pediu que o governo cumpra os orçamentos previstos, pois áreas como desenvolvimento da infra-estrutura aeroportuária e projetos de proteção ao vôo e proteção do tráfego aéreo estão carentes de investimentos.

Tais dados, retirados do sítio eletrônico do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi), explicou Azeredo, mostram que, dos R$ 2,470 bilhões previstos no Orçamento da União para o Ministério da Defesa, apenas R$ 205 milhões foram executados, ou seja, apenas 8,3% do previsto foi gasto nos primeiros sete meses de 2007.

Para o desenvolvimento da infra-estrutura aeroportuária, continuou o senador, foram liberados R$ 20 milhões: 7,12% dos R$ 290 milhões previstos. Na área de projetos de proteção ao vôo e segurança do tráfego aéreo, apenas 8,8% (R$ 24,7 milhões) dos R$ 280 milhões foram gastos até agora.

- Olha que a questão da crise aérea já vem desde outubro e novembro do ano passado e era para o governo ter aprendido que era necessário não contingenciar esses recursos, não segurar os recursos; ao contrário, acrescentar mais recursos à proteção ao vôo e segurança do tráfego aéreo - disse.

Outro setor prejudicado, na opinião de Azeredo, foi o de reaparelhamento e adequação das Forças Armadas: R$ 82 milhões para a Aeronáutica (13% dos R$ 623 milhões previstos); R$ 25 milhões para a Marinha (9% dos R$ 285 milhões orçamentários) eR$ 969 mil para o Exército, apenas 1% dos R$ 96 milhões fixados no Orçamento de 2007.

Azeredo citou ainda mais um exemplo: o Projeto Calha Norte, de proteção das fronteiras do Brasil, recebeu em 2007 cerca de R$ 500 mil, quando o previsto era de mais de R$ 400 milhões. Em 2006, acrescentou o senador, o cenário foi parecido, apenas 34,6% do previsto para o Ministério da Defesa foi executado.

- Essa é a realidade, esse é o dado concreto. É lastimável e, sobretudo, preocupante. O governo do presidente Lula não tem investido o que deveria nesse setor. As Forças Armadas merecem e precisam de mais recursos - concluiu.



14/08/2007

Agência Senado


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