Eduardo Siqueira Campos protesta contra fechamento de frigorífico pelo Ibama
Após apontar superposição do Ibama à atuação do órgão ambiental estadual, o parlamentar informou que a Naturatins concluiu, ao analisar o caso, que não havia razão para o Cooperfrigo ter sido lacrado.
- O Ibama não tinha competência legal para fazê-lo - avaliou Eduardo, disposto a relatar o episódio em ofício ao presidente do órgão, Marcus Luiz Barroso Barros, e à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Mas o senador não se restringiu a apontar a "falta de legitimidade" da ação do Ibama, levantando a suspeita de que o gerente executivo do órgão em Tocantins, Natal Cezar Demori, tenha agido por motivação política. Fundador do PT no estado, Demori seria ligado ao grupo político derrotado nas eleições municipais para o candidato do PSDB, partido ao qual é filiado o dono do frigorífico, José Stival, suplente do senador João Ribeiro (PFL-TO).
- Isso causa profunda revolta na bancada do Tocantins no Senado. Não dá para separar uma coisa da outra - afirmou. Ainda de acordo com Eduardo, o fechamento do Cooperfrigo inviabiliza uma empresa que gera 520 empregos diretos e 3 mil indiretos, processa 4 mil toneladas de carne por mês e exportou, em setembro, 54% de sua produção.
Em aparte, os senadores Osmar Dias (PDT-PR), João Ribeiro, Sibá Machado (PT-AC) e Heráclito Fortes (PFL-PI) se mostraram solidários ao protesto do senador tucano.
- Misturar política ambiental com eleitoral é um desastre para o país - declarou Osmar Dias.
20/10/2004
Agência Senado
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