Efraim cobra aprovação da PEC paralela
O senador Efraim Morais (PFL-PB) voltou a cobrar do governo, neste domingo (7), um compromisso efetivo com a aprovação da proposta de emenda à Constituição (PEC) nº 77/2003, conhecida como PEC paralela, que retrata o acordo fechado no Senado Federal com as mudanças que não puderam ser incluídas na reforma da Previdência.
Ele comparou a PEC nº 67/2003, com o texto já aprovado em primeiro turno da reforma, a uma medida provisória, porque entrará em vigor ainda neste ano, logo após a sua promulgação. Enquanto a chamada emenda paralela ainda não tem prazo definido, podendo ser votada somente em janeiro na Câmara dos Deputados. -A agonia do funcionalismo não chegou ao fim, e o governo aprova o que quer porque tem maioria para isso-, lamentou, pedindo para registrar reportagem dos jornalistas Roberto Fonseca e Fernanda Nardelli, veiculada na edição dominical do jornal Correio Braziliense, mostrando os temores dos servidores com a reforma previdenciária.
O senador desafiou o governo a conseguir a votação da PEC paralela ainda neste ano na Câmara dos Deputados. Em aparte, o senador Paulo Paim (PT-RS) assegurou que o governo não será desmoralizado e reafirmou a sua convicção de que a emenda paralela será aprovada, até porque ela inclui o compromisso assumido com os governadores em relação à definição dos subtetos estaduais. -É essa firmeza da oposição que vai contribuir para aprovar a PEC 77 tanto no Senado quanto na Câmara-, afirmou, elogiando a coerência de Efraim, que, a seu ver, tem mantido suas posições desde a época em que foi deputado.
- Torço para que o governo não seja desmoralizado - respondeu Efraim, ressaltando que a atual oposição é feita com responsabilidade e à procura de resultados. O senador pediu, ainda, a transcrição de outras matérias jornalísticas, entre elas a coluna da jornalista Teresa Cruvinel no jornal O Globo intitulada - Lula e a classe média-, que mostra a perda de popularidade do presidente na classe média com as medidas que vêm sendo adotadas, como a prorrogação da alíquota de 27,5% do Imposto de Renda da Pessoa Física. -O governo precisa viajar menos e se preocupar mais com os problemas internos -, advertiu.
07/12/2003
Agência Senado
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