Paim homenageia Gandhi e cobra do governo aprovação da PEC paralela
Morto há 56 anos, o líder pacifista indiano Mahatma Gandhi foi homenageado nesta segunda-feira (2) pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que destacou a luta do grande líder em prol da superação dos desafios da pobreza e da diversidade de raças e de castas e da libertação da Índia do império britânico.
Paim assinalou a importância do método de mobilização adotado por Gandhi - a não-violência. E observou que os protestos e demais ações pacíficas inspiraram outros líderes, entre os quais destacam-se o presidente do Congresso Nacional Africano em 1961, Albert Lutuli, e o responsável principal pelas campanhas pelos direitos civis nos Estados Unidos nos anos 60, Martin Luther King.
Gandhi recebeu o título de Mahatma, que significa "a grande alma", por sua dedicação às causas de seu povo, que se iniciaram com a defesa dos direitos dos indianos que viviam na África do Sul. Ironicamente, o líder foi morto por um compatriota insatisfeito com seu apoio à criação de um Estado muçulmano (o Paquistão), como forma de evitar conflitos entre indianos e muçulmanos após a retirada das forças britânicas do país.
- Que o espírito de Gandhi baixe em Brasília, a fim de que não prevaleça o "prendo e arrebento" e a decisão de expulsar insatisfeitos - disse Paim, referindo-se ao tratamento dispensado pelo governo e o PT aos parlamentares que foram contra a proposta de reforma da Previdência.
Apoiado em aparte pelo senador Almeida Lima (PDT-SE), Paim lembrou o exemplo de Gandhi para cobrar do governo o cumprimento do acordo celebrado no fim do ano passado para a votação da proposta de emenda à Constituição nº 227/2004 (PEC paralela), que amenizou as regras da reforma previdenciária.
02/02/2004
Agência Senado
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