Efraim defende rigor na apuração do Senado



O senador Efraim Morais (PFL-PB) defendeu o maior rigor possível na apuração, pelo Senado Federal, das denúncias envolvendo os presidentes do Banco Central, Henrique Meirelles, e do Banco do Brasil, Cássio Casseb. Reportagens publicadas na imprensa acusam o primeiro de remessa ilegal de recursos ao exterior e sonegação fiscal, enquanto o segundo foi envolvido em patrocínio do Banco do Brasil para espetáculo musical com renda parcialmente revertida para o Partido dos Trabalhadores.

Em pronunciamento nesta segunda-feira (9), o parlamentar afirmou que votará favoravelmente aos requerimentos constantes da pauta do dia seguinte da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), que pedem a vinda de Casseb e de Meirelles ao Senado para prestarem explicações. Requerimentos com teor idêntico foram aprovados semana passada em reunião da Comissão de Fiscalização e Controle (CFC).

- Senado Federal tem de ir a fundo nessas questões, sobretudo no que se refere ao Banco Central, já que o Senado, por imposição constitucional, é responsável pelo que acontece no Banco Central – afirmou Efraim.

Efraim afirmou que, embora a denúncia contra Meirelles aponte para a utilização de doleiros em operações financeiras, a imprensa publicou que, na avaliação do governo, ele teve um “comportamento padrão” para pessoas com sua experiência e patrimônio.

- Se um cidadão comum é pego operando no (mercado de dólar) paralelo, será indiciado e submetido às normas penais, a não ser que o valor seja suficientemente alto para ser considerado um “comportamento padrão” – ironizou o representante paraibano.

Quanto a Casseb, Efraim estranhou o presidente do Banco do Brasil ter admitido que houve um delito sem, no entanto, responsabilizar os que cometeram o erro.

O senador ainda criticou as lideranças do governo que responsabilizam previamente a oposição por não votar as matérias previstas para o esforço concentrado deste mês, como a lei de falências, o projeto que cria as parcerias público-privadas (PPP) e o restante da reforma do Judiciário. De acordo com Efraim, “a oposição sempre está presente; o que parece é que o governo não tem controle sobre sua base”.



09/08/2004

Agência Senado


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