Efraim Morais anuncia oposição ao governo, não ao país



Uma oposição atenta, vigilante, firme, mas igualmente disposta a colaborar em tudo que disser respeito ao interesse público foi prometida nesta quinta-feira (27) pelo senador Efraim Morais (PFL-PB) ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Ele se disse satisfeito por ver que o presidente da República -tem demonstrado visão ecumênica e suprapartidária, em busca de resultados positivos para a sociedade brasileira- e anunciou que fará oposição ao governo, não ao país.

- De minha parte, integrante de um partido de centro, comprometido com a democracia e com a inclusão social, não tenho dúvidas em apoiar as metas já sinalizadas pelo presidente. Não tenho dúvida de que este é o caminho do bom senso e do bem comum, cujo adversário maior é a insensatez, à direita ou à esquerda.

O senador afirmou que o PT rejeitou as mesmas reformas pelas quais agora propugna, entre elas, as da Previdência, a tributária, a trabalhista e a política. Mas disse que os convertidos devem ser recebidos sem preconceitos, como filhos pródigos. E recomendou que se somem forças para que o Brasil avance e saia do quadro de inércia e dificuldades em que se encontra, -fruto exatamente de problemas estruturais que se acumulam há décadas e para cuja solução não foi possível até aqui somar forças políticas majoritárias para equacioná-los pacificamente-.

Na opinião de Efraim Morais, as reformas tributária e previdenciária fazem parte dessa categoria de desafio, daí por que ele entende que, ninguém, em sã consciência, há de lhes negar caráter prioritário, urgente, emergencial mesmo. No mesmo discurso, ele louvou o talento de negociador do presidente da República.

- Mais do que nunca, esse pendor para a negociação, esse talento para ouvir, conceder, flexibilizar, e também exigir, pleitear, postular, será indispensável para que o país avance politicamente - observou.



27/02/2003

Agência Senado


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