Efraim Morais critica atos do governo



O senador Efraim Morais (PFL-PB), falando como líder da oposição nesta sexta-feira (5), no Plenário, citou artigo do jornalista Clóvis Rossi publicado na Folha S. Paulo intitulado Eu só queria entender, em que o autor questiona a recente substituição do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) pelo governo do Partido dos Trabalhadores (PT). O senador disse que concorda com a análise do jornalista de que não é coerente a alegação do governo de não saber, antes da indicação, se um membro do partido está ou não preparado para exercer um cargo.

-Durante 23 anos, essa turma que hoje está no governo central conviveu intensamente. Não havia e talvez ainda não haja outro partido com o nível de atividade permanente do PT. A maioria dos outros se agita só em épocas eleitorais e depois hiberna. O PT não. Logo, não é possível que o ministro do Desenvolvimento Agrário, o presidente do partido, o presidente da República não soubessem as virtudes e limitações, por exemplo, do cidadão que indicaram para o Incra-, diz o artigo de Rossi citado por Efraim Morais.

O senador pela Paraíba também afirmou que ficou preocupado com afirmação publicada pelo Jornal do Brasil atribuída a Frei Betto, em que este avalia que o programa Fome Zero estaria condenado ao fracasso sem a realização da reforma agrária. -Me preocupa, pois ele é amigo pessoal do presidente Lula e um dos mentores do programa-, disse o senador. Ele considerou grave também outra observação de Frei Betto quanto à mudança na direção do Incra, quando o religioso afirmou que tal ato -foi como mudar de Coca-Cola para Pepsi-.

Efraim citou ainda, nota do Painel, também da Folha de S. Paulo, que noticia a intenção do governo federal de gerar 7,8 milhões de empregos - conforme prevê o Plano Plurianual (PPA), contrariamente ao que foi prometido durante a campanha eleitoral presidencial, de geração de 10 milhões de empregos em quatro anos.

- É curioso, porque o governo do Presidente Lula promete menos empregos do que o candidato concorrente, José Serra (PSDB), prometeu em sua campanha, de gerar 8 milhões de novos postos - atentou Efraim Morais.



05/09/2003

Agência Senado


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