Eleição 2010 deve levar à Câmara a maior bancada feminina do País



Levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) prevê que nas eleições deste ano, cerca de 40% das cadeiras da Câmara Federal serão renovadas, e mais mulheres serão eleitas. 


Entretanto, o percentual de renovação possivelmente será inferior à média de 50% registrada nas últimas cinco eleições, apesar de ser considerado alto se comparado a outros Parlamentos. 

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Das 55 parlamentares em exercício, 39 são candidatas à reeleição em outubro, 37 deputadas e duas senadoras, um alto índice à reeleição. Com as projeções de crescimento, pode-se esperar para a próxima legislatura, em 2011, uma bancada feminina mais fortalecida.


Segundo o Diap, das 14 parlamentares que não vão tentar renovar mandato, duas disputam o governo do estado; três à Câmara Legislativa; uma à presidência da República e uma a Câmara dos Deputados. Quatro senadoras permanecem no mandato até 2015.


Número de eleitas cresceu principalmente no Sul


As projeções de crescimento são baseadas no aumento do número de candidaturas ao cargo de deputada federal. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já registrou 1345 candidaturas femininas para as próximas eleições. Em 2006 e 2002, foram 737 e 490 candidatas, respectivamente.


A região Sul é destaque no possível aumento de eleitas em relação à última eleição. Em 2006, a região elegeu 4 (5,19%) deputadas federais e, em 2010, este número pode chegar a 12 (15,58%).


O aumento tem também relação direta com a minirreforma eleitoral aprovada no ano passado, que estabelece o preenchimento por parte dos partidos de pelo menos 30% de suas vagas com candidaturas de cada sexo. Antes, a Lei Eleitoral (9.504/97) determinava apenas a "reserva" de 30% das candidaturas, o que abria espaço para que os partidos não preenchessem essas vagas.


Em maior número no Parlamento, as mulheres também esperam se tornar novas lideranças. Segundo o Diap, a presença feminina na elite parlamentar entre os “Cabeças” do Congresso Nacional de 2010, em termos proporcionais, é inferior à participação da mulher no Legislativo Federal. 

 

Ranking das deputadas eleitas entre 1950 e 2006 


1950 - 1 / 0,33%

1954 - 3 / 0,92%

1958 - 2 / 0,61%

1962 - 2 / 0,49%

1966 - 6 / 1,47%

1970 - 1 / 0,32%

1974 - 1 / 0,31%

1978 - 4 / 0,95%

1982 - 8 / 1,67%

1986 - 26 / 5,34%

1990 - 28 / 5,57%

1994 - 32 / 6,24%

1998 - 29 / 5,65%

2002 - 42 / 8,19%

2006 - 45 / 8,77%


Fonte:
Secretaria de Políticas para as Mulheres

 



22/09/2010 21:17


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