Eleito presidente, Quintanilha convida Casagrande para relator e marca reunião para terça



Em disputa com o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) foi eleito na noite desta quarta-feira (27), por 9 votos a 6, presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, em substituição a Sibá Machado (PT-AC), que renunciou no dia anterior. Quintanilha convidou o senador Renato Casagrande (PSB-ES) para relator do processo contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e convocou nova reunião do colegiado para a próxima terça-feira (3), às 18h.

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Casagrande comprometeu-se a responder se aceita a relatoria em reunião que terá com Quintanilha ainda na manhã desta quinta-feira (28).Tanto o nome do presidente como o do possível relator foram saudados por vários senadores como dignos de confiança, inclusive por Virgílio e José Agripino (RN), líder do DEM, partido que se aliou ao PSDB nessa eleição para a presidência do conselho.

- Estou consciente das responsabilidades que estou assumindo - disse o novo presidente do conselho, ao assumir o cargo, por volta das 22h30. Durante a apresentação de sua candidatura, Quintanilha comprometeu-se a cumprir seu dever "com serenidade e humildade e buscar a verdade nua e crua" na investigação das denúncias contra Renan. O senador chamou a atenção para a importância de respeitar a Constituição e o Regimento Interno do Senado, e pediu a colaboração de todos "para resgatar a credibilidade do Senado e do conselho".

- Sei da pressa dos senadores para resolver isso e acho que o Senado e o conselho vivem um momento de muita fragilidade, mas vamos conversar logo pela manhã antes de uma resposta - disse Casagrande depois do convite formulado por Quintanilha.

Nos seus cumprimentos ao novo presidente, Arthur Virgílio, que anunciou sua volta à suplência, disse que a responsabilidade de Quintanilha é muito grande, especialmente em se tratando de um membro do PMDB, mesmo partido de Renan. Ele assegurou que o compromisso do PSDB é "com a verdade" e que o partido nunca quis prejulgar Renan. Já Agripino abriu "crédito de confiança" ao novo presidente, mas previu que ele terá uma "missão duríssima pela frente" (o que também deverá ocorrer com Casagrande, na opinião do líder do DEM), sendo a primeira a definição de uma pauta de trabalhos.

O senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que havia sido indicado por Arthur Virgílio como o relator de sua preferência, voltou a defender a presença de Renan no conselho para responder a todas as acusações que lhe foram feitas pela revista Veja e outros órgãos de imprensa. Ele declarou ter votado em Quintanilha [a votação foi secreta], em respeito à decisão da líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo, Ideli Salvatti (SC), que o indicou para a vaga.

- Estou no conselho pelas mesmas razões que entrei para o PT - disse ele em declaração que endereçou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pois, segundo uma notícia, Lula teria censurado Ideli pela escolha.



27/06/2007

Agência Senado


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