Em Passo Fundo, Senado doa obras em braile a deficientes visuais



A Associação Passofundense de Cegos (Apace), a Associação Carazinhense de e para Deficientes Visuais (Acadev) e a Universidade de Passo Fundo (UPF) receberam nesta quinta-feira (28) coleções de publicações em braile do Senado Federal. A cerimônia de entrega ocorreu no estande do Senado na 10ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo (RS).

A escrita em braile é feita em relevo e permite aos deficientes visuais lerem com o tato. Os livros em braile são ferramentas importantes para a inclusão do deficiente visual na sociedade e se inserem no tema da 10ª Jornada: -Vozes do Terceiro Milênio: a arte da inclusão-.

Cada uma das entidades recebeu exemplares da Constituição 1988, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), do Código de Defesa do Consumidor e do Estatuto da Criança e do Adolescente. As obras foram entregues pelo chefe de serviço de publicações em braile do Senado Federal, Paulo Brandão, também portador de deficiência visual.

Brandão destacou a participação do Senado em um evento da grandeza da Jornada de Passo Fundo. Também ressaltou o alcance regional da doação, que beneficiou os portadores de deficiência de Carazinho, cidade que dista 45 quilômetros de Passo Fundo.

A coordenadora e idealizadora da jornada, professora Tânia Rösing, destacou a importância das publicações em braile pelo Senado, que democratizam o conhecimento dos deficientes visuais. Ela ressaltou o fato de os 16 mil participantes da jornada tomarem conhecimento de que os cegos também contam com o apoio do Senado.

- Tenho certeza de que essas obras serão muitíssimo utilizadas na Biblioteca Central da Universidade de Passo Fundo - afirmou a professora.

O presidente da Apace, Fábio Flores, disse que as obras recebidas serão extremamente importantes para os 80 associados da instituição, que já funciona há quatro anos. Ele enfatizou a necessidade de outras instituições do poder público seguirem o exemplo do Senado Federal e atuarem no auxílio aos portadores de deficiência.

Já a representante da Acadev, professora Carla Rostirella, disse estar muito feliz com a doação do Senado e aplaudiu a intenção de se editar, em um futuro próximo, obras literárias em braile. Atualmente, apenas obras técnicas e legislativas são editadas pelo Senado na escrita em relevo. Rostirella disse que, a partir da doação do Senado, a Acadev irá montar uma biblioteca em braile.

O Senado, por meio de seu Conselho Editorial, edita os livros em braile exclusivamente para serem doados a entidades de assistência aos portadores de deficiência visual e instituições educacionais. A iniciativa busca, assim, satisfazer a necessidade deste segmento social, tendo em vista a carência de publicações em braile no Brasil, motivada por seu alto custo.



28/08/2003

Agência Senado


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