EMENDA QUE ASSEGURA RECURSOS PARA A SAÚDE SERÁ VOTADA EM SEGUNDO TURNO



O plenário do Senado inicia nesta terça-feira (dia 8) o segundo turno de discussão da proposta de emenda constitucional da Câmara dos Deputados que assegura recursos mínimos para a saúde. Aprovada em primeiro turno no semestre passado, a iniciativa aumenta o volume de recursos aplicados pela União, estados e municípios nos serviços de saúde, definindo as suas fontes. Se não houver emendas de plenário, a proposta poderá ser votada em segundo turno nesta quinta-feira (dia 10).A proposta estabelece que uma lei complementar definirá o percentual a ser aplicado no setor de saúde pela União, estados e municípios. Até a aprovação dessa lei, valerá uma disposição constitucional transitória, segundo a qual a União será obrigada no ano 2000 a aplicar em saúde 5% a mais do que em 1999 e, entre 2001 e 2004, o valor aplicado no ano anterior corrigido pela variação do Produto Interno Bruto (PIB).Também quarta-feira, deverá ser votada, em segundo turno, a proposta de emenda constitucional do senador Bernardo Cabral (PFL-AM) que altera os limites mínimos e máximos de idade a que estão sujeitos os candidatos a ministro do Tribunal de Contas da União. O texto estabelece que o limite máximo de 65 anos exigido para nomeação de ministro não deve aplicar-se aos auditores do TCU que tenham exercido o cargo de ministro-substituto.Em primeiro turno, deverá ser votada a proposta de emenda constitucional do senador José Alencar (PMDB-MG) que torna obrigatória a execução da programação orçamentária decorrente das emendas de parlamentares. Pela proposta, a não execução dessas emendas implicará em crime de responsabilidade do presidente da República. Em regime de urgência, será votado quarta-feira projeto de iniciativa do presidente da República que regulamenta os artigos da Constituição na redação dada pela Reforma da Previdência. Essa reforma previu a edição de normas especiais para regulamentar a relação entre os entes públicos que patrocinam entidades fechadas de previdência complementar e essas entidades. O Senado também vota projeto do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) que estabelece a proibição de venda das ações da Petrobras que excedem o mínimo necessário para o governo manter o controle da empresa. O projeto ainda impede a privatização da empresa e também do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. Incluído na Ordem do Dia da última sessão deliberativa do semestre passado, o projeto foi objeto de requerimento solicitando o adiamento da votação.Também será votado substitutivo a projeto da Câmara que institui o Programa Nacional de Controle do Câncer de Próstata, a ser implementado a partir de 27 de novembro deste ano. Pelo projeto, o programa deverá incluir as seguintes atividades: campanha institucional nos meios de comunicação; parcerias com as secretarias estaduais e municipais de saúde; e parcerias com universidades, sociedades civis organizadas e sindicatos, para a realização de debates e palestras sobre a doença.Outra matéria que aguarda votação é o substitutivo oferecido pela Câmara a projeto do Senado que restringe o uso de capuz em operações policiais. O substitutivo propõe alteração redacional no projeto e exige a fundamentação por escrito da autorização para descaracterização do policial, por meio de capuz ou outro meio impeditivo de identificação.Os senadores devem votar ainda substitutivo da senadora Luzia Toledo (PSDB-ES) a projeto do senador Pedro Simon (PMDB-RS) que estabelece critérios para a outorga e renovação de emissoras de rádio e televisão. A matéria será agora apreciada pelo plenário. O projeto de Simon inclui a regulamentação do conselho de Comunicação Social, criado pela Constituição, assim como a criação dos respectivos conselhos regionais.

04/08/2000

Agência Senado


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