Emilia critica CPI da Segurança Pública



A comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Segurança Pública instaurada na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul foi transformada em um instrumento de denúncias vazias e ilações que serviu, unicamente, para atacar o governo democrático e popular do governador Olívio Dutra, disse a senadora Emilia Fernandes (PT-RS). Em discurso nesta quarta-feira (14), ela classificou a CPI de política e disse que a comissão foi destinada a estancar o avanço do projeto que está em desenvolvimento no estado, "marcado pela participação popular, pelo crescimento econômico e por políticas de inclusão social da maioria da população".

Para a senadora, a CPI da Segurança Pública, criada, a seu ver, com o objetivo de envolver o Partido dos Trabalhadores (PT) com o jogo do bicho, não encontrou respaldo nem na população. Ela previu que o relatório final da CPI, a ser anunciado nesta quarta-feira, não apresentará resultados positivos para que sejam melhoradas as condições da segurança pública no estado, conforme determinava o requerimento de criação da comissão de inquérito.

Emilia Fernandes informou que o PT irá apresentar um relatório paralelo ao oficial, propondo a quebra dos sigilos bancário e fiscal de todos os 55 deputados estaduais gaúchos. Os primeiros que vão abrir os seus sigilos, observou a senadora, serão os próprios deputados petistas.

Depois de ler, na íntegra, nota da executiva estadual do PT gaúcho na qual o partido prega, entre outras coisas, o prosseguimento das investigações a respeito do possível envolvimento de políticos com a contravenção, Emilia Fernandes comentou artigo de Luiz Fernando Veríssimo, intitulado "Cheiro de Sangue" e publicado no jornal Zero Hora, no qual o escritor conclui que a CPI da Segurança foi criada para tentar macular o PT, "mesmo com o sacrifício de qualquer pretensão à isenção ou à compostura".

14/11/2001

Agência Senado


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