EMÍLIA FERNANDES QUER INCENTIVAR O TURISMO
A senadora Emília Fernandes (PDT-RS) defendeu nesta sexta-feira (dia 13) uma ação conjunta entre o governo federal e a iniciativa privada para incrementar a atividade turística no país. O setor, segundo a senadora, pode ser uma fonte de emprego e riqueza no Brasil, que tem potencial para se tornar um pólo de turismo internacional.- O Brasil é um país privilegiado pela natureza e deveria investir no turismo para combater o fantasma do desemprego, principalmente num momento de crise e dificuldades na economia. O turismo gera mão-de-obra em vários níveis, inclusive favorecendo os jovens em zonas rurais e urbanas - disse.De acordo com dados citados pela senadora, o turismo empregou, em 1996, 265 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, a atividade gerou, em 1994, cinco milhões de novos postos de trabalho em várias regiões. Emília lembrou que, para incrementar o turismo, é necessário dotar de infra-estrutura as cidades com potencial para desenvolver o setor, aumentar os locais de lazer e promover campanhas educativas e de divulgação. Emília comentou que "a saída de divisas do Brasil aumentou de US$ 2,9 bilhões para US$ 5,8 bilhões em 1996 e vem crescendo ainda mais nos últimos dois anos". Ela observou que O O Brasil é um país privilegiadoO jfjfjfjfjfjfjfjfj o turismo tem sido o grande captador de divisas em vários países e pode representar a saída para combater, inclusive, o déficit cambial, observou. Segundo levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (USP), citado pela senadora, dos seis mil municípios do país, 1.650 são considerados pólos preferenciais para o turismo. No Rio Grande do Sul, 222 municípios têm potencial turístico pela diversidade geográfica - praias, serras e zona rural -informou Emília Fernandes.Em aparte, o senador Edison Lobão (PFL-MA) elogiou a iniciativa da senadora, observando que o turismo realmente pode ser um grande gerador de riqueza e emprego. Lobão acrescentou que o setor ganhará mais força no Brasil se forem legalizados os cassinos. Ele disse que só Las Vegas, nos Estados Unidos - onde a atividade dos cassinos é grande -, recebe 30 milhões de turistas por ano, enquanto o Brasil fica com apenas três milhões de turistas anualmente. O senador lembrou também que atualmente existem cassinos legalizados em mais de 100 países.Lobão admitiu que o assunto dos cassinos é polêmico, mas considera uma reação "hipócrita" a condenação dos jogos de azar no Brasil, onde já funcionam cassinos ilegais e vários tipos de jogos clandestinos. A legalização dos cassinos, observou, iria colocá-los sob o controle do Estado e sua atividade poderia gerar empregos e riquezas para o país.Emília concordou que esse tema gera controvérsias, mas afirmou que deve ser debatido com mais profundidade. A senadora citou uma entrevista do presidente Fernando Henrique Cardoso publicada na edição deste mês da revista Viagem, onde o presidente garante que vai incentivar o turismo no seu segundo mandato.De acordo com a entrevista, lida pela senadora em plenário, o presidente diz que tem planos para investir R$ 5 bilhões no setor até o ano 2.000 e que deseja aumentar a receita gerada por essa atividade para US$ 4,9 bilhões ao ano. Ainda segundo os planos anunciados pelo presidente, deverão ser incorporados 30 milhões de consumidores ao mercado turístico brasileiro.- Queremos que esse compromisso do presidente não fique apenas no papel. Devemos exigir maior empenho do governo federal nesse sentido - defendeu. SERVIDORESNum debate paralelo sobre a situação dos servidores públicos, Emília Fernandes disse que eles são os mais prejudicados pelas propostas para combate ao déficit fiscal. Já Edison Lobão, embora reconhecendo que as medidas são duras, disse que elas fazem parte de um conjunto de metas para ajudar a resolver a crise na economia do país.Lobão ressaltou que essas medidas não foram feitas para prejudicar os servidores, "mas porque são extremamente necessárias para resolver graves problemas do país", acrescentando que atingem toda a população.Para Emília, realmente não são apenas os servidores públicos que estão sendo prejudicados, mas todo o país. Mesmo assim, ela discorda das medidas propostas pelo governo no combate ao déficit público, principalmente a cobrança de alíquotas dos servidores aposentados para cobrir as contas da Previdência Social.- Deveríamos encontrar outras fórmulas para resolver a questão da Previdência, como combater a sonegação e o desvio de recursos e fazer com que o mercado informal contribua com o INSS. Todo o povo está sendo prejudicado, mas os servidores públicos são os que mais sofrem, pois em 1999 vão entrar no quinto ano sem reajuste e ainda pagar a CPMF - afirmou a senadora.
13/11/1998
Agência Senado
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