Emília luta pela inclusão social
Emília luta pela inclusão social
A senadora Emília Fernandes, do PT, candidata à reeleição, tem incentivado a organização de eventos esportivos que congreguem deficientes físicos. Exemplo disso foi sua participação na divulgação da 1a Olimpíada de Surdos do Brasil, realizada em maio deste ano, em Passo Fundo. Conforme a senadora, os atletas surdos nunca haviam participado desse evento, apenas de campeonatos. 'Esse tipo de atividade é fundamental para dar visibilidade ao direito de inclusão e de participação dos portadores de deficiência', acrescentou.
Disse que no Brasil existem cerca de 1,5 milhão de surdos que clamam por Justiça, direitos iguais e inclusão social. Durante todo o seu mandato, Emília Fernandes tem protagonizado iniciativas que visam a inclusão dos portadores de deficiência. É de autoria da senadora todo o capítulo sobre Educação Especial da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e o projeto de lei do Senado 0100/99, que isenta da cobrança de pedágio nas rodovias federais os veículos adaptados para motoristas portadores de deficiência física. A proposta espera votação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Ela também é autora do projeto de lei nº 52 de 2001, que torna obrigatório o uso da língua de sinais (Libras) nas mensagens televisivas dos poderes da União e na propaganda eleitoral gratuita, tornando-as acessíveis aos portadores de deficiência auditiva. A proposta já foi aprovada no Senado federal e espera votação também na Câmara dos Deputados. 'É um bom começo. Agora devemos lutar para que a lei saia do papel, vire realidade, beneficie os portadores de deficiência e que surjam outras iniciativas', defendeu.
Tarso: não terminou a polarização
Diz que o seu projeto se contrapõe ao retrocesso do neoliberalismo, também representado por Rigotto
O candidato da Frente Popular ao Palácio Piratini, Tarso Genro, advertiu ontem que continua a polarização de projetos no Estado. Salientou que o programa de governo da Frente Popular é respaldado na execução de políticas de inclusão do cidadão ao modo de produção e consumo da sociedade. Essa idéia, segundo Tarso, contrapõe-se à intenção de se restabelecer a gestão pública do neoliberalismo. Disse que a direita agora pretende trazer de volta o retrocesso com o candidato da União pelo Rio Grande, Germano Rigotto.
Tarso lembrou que o atual segundo colocado nas pesquisas de intenção de voto, como deputado federal do PMDB, deu sustentação ao governo Antônio Britto e ao de Fernando Henrique Cardoso, articuladores da política de privatização e de reformas contra os interesses dos trabalhadores e dos servidores públicos. 'Esse modelo de administração despreza os bens públicos e a capacidade dos nossos empreendedores locais', enfatizou. Tarso disse que é vital a participação efetiva da militância do partido nesta reta final da campanha. 'A mobilização em massa é uma marca do PT', salientou.
Em Porto Alegre, Tarso participou de caminhada com a militância até a Escola Estadual Protásio Alves. Ele e o governador Olívio Dutra assinaram bandeiras de eleitores. Estavam presentes também o vice Miguel Rossetto, o prefeito João Verle, os candidatos ao Senado Emília Fernandes e Paulo Paim e lideranças do PT. Os candidatos não se manifestaram obedecendo à legislação eleitoral. Após a caminhada, Tarso participou de encontro com eleitores em Alvorada.
Rigotto tenta conter otimismo
Evita falar no 2º turno, mas não esconde motivação com receptividade
O candidato da União pelo Rio Grande ao governo do Estado, Germano Rigotto, procurou ontem, em Erechim, conter o otimismo. Apelou para que a militância se concentre no 1º turno. 'Não quero falar no 2º turno agora, temos de enfrentar primeiro a etapa de amanhã', enfatizou. Rigotto realizou mobilização para fortalecer o trabalho de filiados, militantes e simpatizantes da sua candidatura. As atividades foram iniciadas pela manhã, em Caxias do Sul, onde participou de caminhada no centro. 'A receptividade ao trabalho que estamos desenvolvendo é algo que nos motiva mais a prosseguir com as ações que estão levando a nossa candidatura a crescer em todo o Estado', afirmou.
Rigotto lembrou que é fundamental manter a determinação para garantir a conquista de um lugar no 2º turno. 'Somente depois de computados todos os votos do Estado poderemos falar sobre que movimentos devemos ter, mas com respeito a todos os candidatos que também buscam chegar lá', comentou.
Ainda em Caxias, o candidato visitou estabelecimentos comerciais e encontrou o ex-técnico de futebol do Caxias Pastelão. 'É o carinho de pessoas anônimas ou velhos amigos que reforçam a vontade de pôr nosso projeto à disposição da sociedade gaúcha', sustentou. Rigotto foi a Chiapetta levar condolências ao candidato do PPB ao governo, Celso Bernardi. 'Durante a campanha, ele teve comportamento digno de quem tem capacidade de administrar o Estado e a figura do seu pai está presente na sua determinação', destacou.
'Sem já ganhou', pede Zambiasi
O candidato ao Senado pelo PTB, Sérgio Zambiasi, fez o encerramento de campanha quinta-feira à noite, em Canoas e Alvorada, quando participou de comícios. 'Vamos evitar o clima de já ganhou', pediu Zambiasi, alertando que somente o resultado final é que pode consagrar o que indicam as pesquisas de intenção de voto. Líder na disputa ao Senado, mostrou desempenho crescente nas consultas. Durante manifestação nos dois municípios, ele lembrou que sua candidatura não representa a ideologia de um partido, mas inclui propostas que irão ajudar os gaúchos sem distinções de classe social ou partido. 'Assumo o compromisso de transformar meu gabinete numa verdadeira embaixada gaúcha em Brasília', acrescentou.
Zambiasi agradeceu o carinho e o apoio dos que o receberam nos mais diversos municípios do Estado nos últimos três meses de campanha. Como estratégia, percorreu as regiões priorizando roteiros com candidatos a deputados estadual e federal do PTB. Zambiasi esteve ontem reunido com a coordenação da campanha para acertar detalhes finais da eleição de amanhã. Vai acompanhar a apuração na sede do PTB.
Assessor admite a tensão de Lula
Alega que ameaças sobre a vida pessoal do candidato e da equipe provocaram terrorismo pré-eleitoral
Um dos principais assessores do candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, o economista José Graziano reconheceu ontem que o candidato estava 'bastante tenso' no debate de quinta-feira à noite na Rede Globo. 'Toda a equipe ficou nervosa por causa dos fatos que antecederam o encontro', explicou, alegando que os integrantes do partido receberam ameaças de que a vida pessoal de Lula e de assessores seriam atingidas. 'Temíamos baixarias, o que deixou todos nervosos. De certa forma, o terrorismo pré-debate funcionou e chegou a lembrar 1989', admitiu Graziano, comparando o desempenho de Lula contra Fernando Collor.
A primeira das falhas apontadas por Graziano foi a resposta dada ao mediador William Bonner de como seriam identificados os negros na questão das cotas para a educação, já que apenas 6% deles se dizem negros. Lula apontou que havia métodos científicos para isso. Segundo Graziano, a resposta certa foi dada por Ciro Gomes, do PPS, ao dizer que o único critério viável seria a autodenominação. O assessor avaliou que Lula também não se saiu bem em relação à pergunta de Anthony Garotinho, do PSB, sobre a Contribuição de Intervenção sobre Domínio Econômico (Cide). Observou, porém, que a culpa foi da assessoria. Para Graziano, no geral o petista se saiu bem. Mesmo quando disse não saber qual o preço da passagem de ônibus em São Paulo. 'Na pior das avaliações que recebemos, Lula empatou ', ressalvou Graziano. Para ele, a surpresa no debate foi Ciro: 'Ele se portou como um estadista'. Lula participou ontem de encontro de mulheres do seu comitê de campanha em São Paulo.
Serra e Rita visitam o Redentor
Confia que conquistará amanhã vaga ao 2º turno e mantém discussão com Lula pelo site de campanha
Atrás da disputada vaga ao 2º turno, o presidenciável do PSDB, José Serra, subiu ontem as escadas do Cristo Redentor no Rio. Acompanhado da vice da sua chapa, Rita Camata, cumprimentou turistas estrangeiros. Serra não teve dúvida e pediu a canadenses e portugueses que indiquem sua candidatura para amigos e parentes brasileiros. O tucano visitou as obras de instalação de escadas rolantes no cartão postal da cidade maravilhosa. Reafirmou que está confiante que a eleição não será definida amanhã.
A aposta de Serra é que o seu desempenho no debate de quinta-feira na Rede Globo, o último na campanha do 1º turno, tenha alavancado as suas chances. Assegurou que mesmo os ataques no confronto feitos pelo ex-governador do Rio Anthony Garotinho, do PSB, não prejudicaram a sua candidatura. O tucano evitou falar na caminhada pelo centro do Rio de acordos para um eventual 2º turno. 'Irei tratar desse assunto somente depois das 21h de amanhã, quando estiver ocorrendo a apuração', condicionou.
O debate final foi explorado como assunto principal durante todo o dia de ontem pelo site oficial do tucano. A assessoria rebateu uma nota da prefeitura paulista sobre as tarifas de ônibus da capital, assunto debatido com Luiz Inácio Lula da Silva na Globo. Serra cobrou razões de Lula para que a passagem seja uma das mais caras do país. A nota tucana lembrou que o PT deve aceitar o debate democrático quando está na situação, numa referência à conduta do candidato tucano às críticas desferidas por Lula ao governo de Fernando Henrique Cardoso.
Gaúchos buscam votos no Uruguai
Rivera tem 10 mil brasileiros habilitados à eleição. Cabos eleitorais 'garimpam' esses doble chapas
Alguns candidatos nas eleições deste domingo à Assembléia Legislativa e à Câmara dos Deputados da região de Santana do Livramento trataram de marcar presença em território estrangeiro. Rivera, a mais brasileira das cidades uruguaias, onde vivem quase 10 mil brasileiros aptos ao exercício do voto, está sendo assediada pelos cabos eleitorais, que se apresentam como verdadeiros 'garimpeiros de votos'.
Livramento, unida por uma rua a Rivera, é a 30ª Zona Eleitoral e possui 66.087 eleitores cadastrados. Eles deverão comparecer aos 45 locais de votação onde estão instaladas 190 seções eleitorais. Transporte gratuito aos eleitores no dia do pleito (o que é vedado) faz parte da agenda dos cabos eleitorais. Eles se empenham em cativar a simpatia dos estrangeiros, mais conhecidos como doble chapas, ou seja, aqueles que são filhos de pais ou mães brasileiras e que, embora nascidos no Uruguai, garantem por lei a cidadania brasileira. Na corrida por votos, até as lideranças de partidos tradicionais uruguaios (Blancos, Colorados e Frente Amplia) têm marcado posição pública em apoio a alguns nomes. O prefeito de Rivera, Tabaré Duarte, foi uma das lideranças que abriu voto em favor de um dos candidatos ao Legislativo estadual, que, curiosamente, possui a dupla cidadania e exerce o direito ao voto nos dois países. Os comitês dos partidos políticos e a linha divisória entre Livramento e Rivera são pontos estratégicos para as ações de campanha.
Porém, a colocação de propaganda eleitoral em locais públicos de Rivera não foi expressiva, como nas eleições municipais. Segundo o jornalista uruguaio Mario Piriz, por enquanto não foi percebida uma panfletagem agressiva dos candidatos. Mesmo assim, disse, muitos banners e outros materiais de campanha foram afixados em pontos de passagem da linha divisória e nos bairros riverenses que fazem divisa com Livramento. Ele comentou, ainda, que a sucessão no Brasil é acompanhada com grande expectativa no Uruguai.
Morre o pai de Bernardi de parada cardíaca
O pai de Celso Bernardi, candidato ao governo do Estado pelo PPB, faleceu às 4h da madrugada de ontem. Félix Bernardi, de 86 anos, sofreu parada cardíaca enquanto dormia em sua casa na cidade de Chiapetta. O candidato recebeu a notícia quando retornava a Porto Alegre de um comício em Santo Ângelo. Segundo assessores, o pai de Bernardi, que havia participado do comício do filho em Chiapetta em 25 de setembro, pretendia ir a Santo Ângelo, mas teve receio de dirigir devido à chuva. Félix não apresentava problemas de saúde e, apesar da idade, trabalhava como agricultor em sua propriedade de cerca de 100 hectares, onde produzia trigo. Participava ativamente da campanha.
Bernardi suspendeu a programação e ficará na sua terra natal até amanhã. O enterro ocorreu no cemitério municipal às 18h. Foram prestar solidariedade os adversários na disputa ao governo Germano Rigotto, do PMDB, Antônio Britto, do PPS, e Tarso Genro, do PT, além do presidente da Assembléia, Sérgio Zambiasi, os deputados João Fischer, Vilson Covatti, Valdir Andres, João Augusto Nardes, os candidatos a vice Denise Kempf e ao Senado, Hugo Mardini, o secretário-geral do PPB, Dorneu Maciel, o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, prefeitos e vereadores da região, entre outros políticos. Bernardi era filho único. Sua mãe, Thercília Cereser, faleceu em 1993. Félix deixa viúva Ilsa, com quem era casado pela segunda vez, além de dois netos e uma bisneta, Vitória.
Garotinho tido como o vitorioso
Anthony Garotinho, que concorre à Presidência pelo PSB, fez uma caminhada ontem em um shopping popular no centro de Belo Horizonte. A militância apresentou o candidato, usando um carro de som, como 'o vencedor do debate na Rede Globo'. Ele entrou em todas as lojas para cumprimentar os eleitores. Na caminhada, foi abordado por Jailson de Paula, um representante do movimento gay de Belo Horizonte, que se apresentou como integrante do comitê GLS do PMDB, fundado recentemente e perguntou qual era a proposta de governo de Garotinho para os homossexuais. O candidato respondeu apenas que iria respeitar os direitos de todos.
2º colégio eleitoral é de Caxias do Sul
Cerca de 5 mil pessoas estão envolvidas, há 20 dias, nos preparativos para a eleição em Caxias do Sul, o segundo maior colégio eleitoral do Estado. As 799 urnas eletrônicas que serão utilizadas na cidade já foram lacradas e carregadas com os programas de votação durante a semana. Do total, 722 urnas serão destinadas às seções eleitorais, 38 serão usadas apenas para receber as justificativas de voto e 39 ficarão na reserva, caso algum outro equipamento necessite ser substituído.
Caxias do Sul tem 248.366 eleitores. Deste montante, 128.229 são do sexo feminino e 120.137 são do sexo masculino. Dentro desse total há 7.142 menores de 18 anos e maiores de 16, e 4.018 analfabetos.
Artigos
A ARTE DA ORAÇÃO
Ir. Elvo Clemente
O papa João Paulo II não se cansa de exortar todas as pessoas do mundo para a oração. No dia 8 de setembro, na breve alocução mariana, salientou: 'Está na oração o segredo para enfrentar as vicissitudes dramáticas que causam desorientação e angústia'. A oração é a respiração das almas e das verdadeiras relações dos filhos de Deus. Não há encontro com o Papa em que ele não recorde a força maravilhosa da oração.
Amanhã, acontece na praça São Pedro, em Roma, a canonização de Josemaría Escrivá, fundador do movimento do Opus Dei. O novo santo nasceu em 9 de janeiro de 1902 em Barbastro (Espanha). Aos 16 anos, sentiu o chamado para a vida sacerdotal, sendo ordenado em 1925. Antes de concluir a Teologia, estudou Direito Civil, resultando anos depois no duplo doutoramento. Desenvolveu seu apostolado em Saragoça no atendimento de crianças, jovens e doentes abandonados, mudando-se depois para Madri. No dia 2 de outubro de 1928, viu claramente o objetivo de sua vida: a fundação do Opus Dei, para difundir o reino de Deus.
A partir de 1930, resolveu estender a obra entre as mulheres. Abria-se assim na Igreja um caminho novo, destinado a promover, entre pessoas de todas as classes sociais, a busca da santidade e o exercício do apostolado mediante a santificação do trabalho de cada dia, no meio do mundo e sem mudar de estado de vida. Na Guerra Civil Espanhola, foi capelão militar assistindo os jovens soldados (1936-38). Em 1943, no dia 14 de fevereiro, fundou, unida ao Opus Dei, a Sociedade Sacerdotal da Santa Cruz. A partir de 1946, monsenhor Escrivá passou a residir em Roma. Dali estimulou e orientou a difusão do Opus Dei por todo o mundo. Em 26 de junho de 1975, faleceu. Monsenhor Escrivá foi consultor da Comissão Pontifícia para intervenção do Código de Direito Canônico e da Sagrada Congregação de Seminários e Universidades. Prelado de honra de Sua Santidade e acadêmico ad honorem da Pontifícia Academia Romana de Teologia. Foi grão-chanceler das universidades de Navarra (Espanha) e Piura (Peru). Havia, então, mais de 60 mil pessoas empenhadas na obra, exercendo apostolado, assistindo pessoas de todas as idades e condições, com a fidelidade na prática da arte e de ser apóstolo do Evangelho de Jesus Cristo.
Colunistas
PANORAMA POLÍTICO - A. Burd
MÁGICO DAS CAMPANHAS
1) Antes dos votos na urna eletrônica, a eleição já tem um vencedor: o marketing. Dos grandes aos pequenos partidos, todos se renderam aos profissionais que medem, avaliam e maquiam candidatos ao seu bel-prazer.
2) As campanhas eleitorais nos estados, com exceção de São Paulo, apenas cumpriram o carnê. As emoções fortes ficaram reservadas para a corrida ao Palácio do Planalto. Houve desta vez uma espécie de federalização.
3) Se as campanhas se prolongassem por mais alguns dias e outros debates fossem promovidos, a indústria farmacêutica protestaria pela queda na venda de remédios para dormir. Do jeito que os candidatos andaram nos últimos encontros, tornaram-se um convite irresistível ao sono profundo.
QUER DISTÂNCIA
Depois do vacilo de Leonel Brizola, que sugeriu apoio a Lula no 1º turno, Ciro Gomes dá o troco e não quer mais saber do PDT. Não poderia ter outra atitude, ao se ver rifado por quem jurava ser um aliado.
CORTE NA MORDOMIA
Dos 37 países interessados, só 12 virão observar as eleições de amanhã. Desistiram quando souberam que deveriam pagar passagens e hospedagem. Estavam dispostos somente a uma boca-livre.
180 GRAUS
1) Operou-se nesta campanha profunda mudança entre líderes políticos reconhecidamente radicais. Pelas circunstâncias, tornaram-se articuladores em rodas que abominavam e das quais mantinham larga distância; 2) as eleições de amanhã não são teste para conferir a memória numérica. É preciso levar à urna eletrônica a chamada 'cola' com a relação dos candidatos escolhidos. O auxílio não humilha ninguém.
SIMULAM
O que mais se ouve nas ante-salas de candidatos com chances de se elegerem: 'Não aceito cargos, quero ficar na planície'. Ou: 'Não me engajei na campanha com este propósito'. É o tradicional corpo mole só para enganar. Por dentro, torcendo para entrar na lista dos preferidos.
QUESTÃO DE TEMPO
Há candidatos não querendo pensar no amanhã pelo simples motivo de que ele terminará depois de amanhã. E haja calmante para isso.
ARAPUCA
Ficou na ameaça a apresentação de fitas comprometedoras de candidatos, tanto à Presidência como aos governos estaduais. Trata-se de arapuca repetida em outras campanhas. Só que, desta vez, uma delas comprometia e não havia dublê. Alguns assessores garantem que jogaram fitas recebidas na cesta do lixo.
EM VOTAÇÃO
A Assembléia Legislativa retomará as votações na sessão de terça-feira. Há seis projetos do governo com pedido de urgência trancando a pauta, além do veto a 15 emendas da Lei de Diretrizes Orçamentárias.
OLHO NO ORÇAMENTO
Os deputados estaduais se concentrarão, a partir de agora, na análise do orçamento de 2003. Ainda não foi escolhido relator na Comissão de Finanças, que avaliará emendas. Só o deputado Jair Foscarini protocolou ontem 111 emendas.
SONEGAÇÃO
A economia informal na Argentina aproxima-se dos 50% do Produto Interno Bruto. O Brasil não anda longe. Nos dois países, essas atividades não pagam impostos. Misturam-se os que fazem dela fonte de sobrevivência com os que se aproveitam para escapar do pagamento.
APARTES
Do jeito que andaram as coisas na campanha deste ano, o ditado mudará para 'cordeiro em pele de cordeiro'.
Profissão que mais se repete entre presidentes da República é a de advogado. Até agora, foram 20.
Expectativa de assessores do PT era de que Lula passasse trator sobre adversários no debate da TV. Ficou entre primeira e segunda marchas.
Venda e compra de bebidas alcoólicas proibidas neste domingo.
Ministro Nelson Jobim, presidente do TSE, suspende vinda a S. Maria.
Astros e estrelas deram brilho às campanhas no final. Foi o show.
'Boca-de-urna é como jogo do bicho: mesmo proibido, todos fazem', comentou um velho cabo eleitoral.
Deu no jornal: 'Indústria prevê pior ano desde 99'. O choro é livre.
'Ninguém pode prometer um mar de rosas', disse Rosinha Garotinho.
Os melhores agradecimentos a todos os candidatos. Sem eles, o que seriam dessas longas semanas?
Editorial
AS DEFINIÇÕES DAS URNAS
Após uma campanha eleitoral que, passada a Copa do Mundo, se tornou o assunto principal na agenda dos brasileiros, estamos agora prestes a conhecer quais serão os novos escolhidos para gerir os destinos do país a partir deste domingo. Depois de uma intensa disputa em que os candidatos percorreram o Brasil, apresentaram propostas e programas, mobilizaram seus apoiadores, valeram-se de cerca de um mês e meio de horário eleitoral gratuito para dialogar com os ouvintes e telespectadores, expuseram-se para avaliação através da cobertura da imprensa, o momento decisivo se aproxima, quando a vontade soberana da população surgirá inequívoca das urnas.
Pode-se dizer que a campanha eleitoral cumpriu o seu papel. Certamente que todos aqueles que aproveitaram o período para buscar subsídios para orientar sua escolha não tiveram suas expectativas frustradas. A marca registrada foi o debate, a exposição do contraditório, com a informação para análise sendo veiculada de forma a permitir que todos pudessem se valer do livre arbítrio para formar suas convicções. Todos os matizes ideológicos estiveram representados, cabendo ao eleitor identificar-se com este ou com aquele outro. Sem dúvida, estamos diante de um dos pleitos mais democráticos da história das eleições que já ocorreram em solo brasileiro.
Outro aspecto positivo a se ressaltar foi o alto nível da campanha. Todos os candidatos puderam se confrontar, apresentar suas idéias sem qualquer tipo de ataque pessoal. Quando acirraram o debate, fizeram-no em nome de programas e de idéias que consideravam os mais adequados para responder às demandas que esperam pelos novos mandatários da Nação.
Não podemos, ainda, esquecer que estas eleições apresentam uma definitiva inserção do processo eleitoral com a tecnologia, uma vez que teremos urnas eletrônicas de Norte a Sul do país, garantindo uma apuração recorde e preservando a lisura do pleito, que é o maior da história do país se considerarmos número de eleitores e cargos em disputa.
Agora, para coroamento de todo esse processo, é preciso que os brasileiros façam a sua parte, indo às urnas e tornand o explícita sua vontade, fazendo valer sua cidadania. O momento que vive a Nação exige que cada um deposite nas urnas um voto de confiança no Brasil.
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10/05/2002
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