Emprego industrial cresce 0,5% em fevereiro



Em fevereiro de 2011, o emprego industrial avançou 0,5% frente o mês anterior na série livre de influências sazonais, após ficar praticamente estável nos últimos seis meses. Na comparação com fevereiro de 2010, a expansão foi de 2,9%, décimo terceiro resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 

O índice acumulado no primeiro bimestre de 2011 também apontou crescimento de 2,9%, mas com ritmo ligeiramente abaixo dos 3,6% observados no último trimestre de 2010, ambas as comparações contra igual período do ano anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao crescer 3,9% em fevereiro de 2011, assinalou o resultado mais elevado desde o início da série histórica. 

Em relação a fevereiro do ano passado, o emprego industrial mostrou expansão com o contingente de trabalhadores apontando crescimento em 13 dos 14 locais pesquisados. As principais contribuições positivas sobre o resultado global vieram de São Paulo (2,0%), Minas Gerais (4,6%), região Norte e Centro-Oeste (4,8%), região Nordeste (3,1%), Rio Grande do Sul (3,6%) e Santa Catarina (3,1%). 

Na indústria paulista, as maiores influências positivas vieram dos setores de meios de transporte (8,5%), alimentos e bebidas (4,5%), têxtil (9,2%) e máquinas e equipamentos (4,3%). No parque industrial mineiro, os segmentos que mais influenciaram o total de pessoal ocupado foram meios de transportes (12,1%), produtos de metal (12,3%) e indústrias extrativas (9,1%). 

Setorialmente, ainda no indicador mensal, o emprego industrial avançou em 13 dos 18 ramos, com destaque para meios de transporte (8,7%), máquinas e equipamentos (6,7%), produtos de metal (7,5%), alimentos e bebidas (2,3%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (6,4%). Por outro lado, papel e gráfica (-7,8%), vestuário (-2,0%) e madeira (-5,6%) exerceram as principais influências negativas. 

 

Horas pagas 

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em fevereiro de 2011, avançou 1,1% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre dos efeitos sazonais, após ficar estável em janeiro último (0,0%) e crescer 0,3% em dezembro e novembro de 2010. 

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas avançou 3,2% e assinalou o décimo terceiro resultado positivo consecutivo nesse tipo de confronto. A taxa anualizada, índice acumulado nos últimos 12 meses, permaneceu com a sua trajetória ascendente iniciada em novembro de 2009, ao crescer 4,4% em fevereiro de 2011, resultado mais elevado desde o início da série histórica. 

No confronto com fevereiro de 2010, o número de horas pagas cresceu em 13 dos 14 locais e 12 dos 18 ramos pesquisados assinalando taxas positivas. Em termos setoriais, meios de transporte (8,6%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (9,5%), máquinas e equipamentos (6,5%), produtos de metal (7,1%), alimentos e bebidas (2,0%) e minerais não metálicos (7,0%) exerceram as principais contribuições positivas sobre a média geral da indústria, enquanto papel e gráfica (-7,8%) e vestuário (-3,1%) responderam pelas pressões negativas mais importantes. 

Ainda na comparação com igual mês do ano anterior, os locais que assinalaram os maiores impactos positivos no resultado nacional foram São Paulo (2,4%), Minas Gerais (5,1%), região Norte e Centro-Oeste (5,7%), região Nordeste (2,5%) e Rio Grande do Sul (3,8%). 

 

Folha de pagamento 

Em fevereiro de 2011, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente avançou 1,1% em relação ao mês imediatamente anterior, segunda taxa positiva seguida, acumulando nesse período ganho de 6,3%. 

No confronto com iguais períodos do ano anterior, o valor da folha de pagamento real avançou 6,8% no índice mensal e 7,0% no acumulado dos dois primeiros meses do ano. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, cresceu 0,4 ponto percentual, passando de 7,3% em janeiro para 7,7% em fevereiro, registrando nesse mês a taxa mais elevada desde abril de 2005 (7,7%) e prosseguiu com a trajetória ascendente iniciada em dezembro de 2009 (-2,4%). 

No confronto fevereiro 2011 / fevereiro 2010, o valor da folha de pagamento real apresentou expansão de 6,8%, com resultados positivos nos 14 locais pesquisados. A maior contribuição sobre o total da indústria veio de São Paulo (4,9%), em função do aumento no valor da folha de pagamento real observado em máquinas e equipamentos (11,6%), meios de transporte (7,0%), alimentos e bebidas (5,5%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (7,2%). 

Setorialmente, o valor da folha de pagamento real cresceu em 15 dos 18 setores pesquisados, com destaque para máquinas e equipamentos (14,3%), meios de transporte (6,9%) e indústrias extrativas (9,7%). Em sentido oposto, somente os setores produtores do fumo (-2,6%) e de madeira (-0,3%) apontaram taxas negativas. 

 

Fonte:
IBGE



08/04/2011 16:01


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