Emprego industrial cresce 3,4% em 2010



A taxa de emprego industrial avançou 3,4% em 2010, em relação ao ano anterior. Em 2009, o número de pessoas ocupadas na indústria havia caído 5,0% em relação a 2008. Os dados, divulgados nesta sexta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostram que o emprego na indústria encerrou 2010 com a taxa mais elevada da série histórica, iniciada em 2002.

Esse recorde histórico, segundo o IBGE, reflete não só a recuperação gradual do emprego industrial ao longo do ano, mas também a baixa da base de comparação em função dos ajustes realizados no mercado de trabalho em 2009, por conta dos efeitos da crise econômica internacional.

O índice acumulado em 2010 teve perfil generalizado de crescimento, atingindo todos os locais e 13 dos 18 ramos pesquisados. Entre os setores, sobressaíram os impactos vindos de máquinas e equipamentos (7,3%), produtos de metal (7,0%) e meios de transporte (5,9%). Por outro lado, os ramos de vestuário (-2,1%) e de madeira (-5,8%) assinalaram as principais pressões negativas. Entre os locais, o principal destaque ficou com São Paulo (2,8%), seguido por região Nordeste (5,0%), Norte e Centro-Oeste (4,2%), Rio Grande do Sul (4,0%), Rio de Janeiro (5,6%) e Santa Catarina (3,4%).

Ao comparar o mês de dezembro de 2010 com o mesmo período de 2009, o crescimento obtido também foi de 3,4%. Já a comparação de dezembro de 2010 com o mês anterior, apresenta redução de 0,1%.


Horas pagas

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, em dezembro de 2010, avançou 0,4% no confronto com o mês imediatamente anterior. No confronto com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas avançou 3,6% em dezembro.

O indicador acumulado em 2010 apontou aumento de 4,1% no número de horas pagas, maior avanço desde o início da série histórica (2002) com perfil generalizado de expansão, que atingiu os 14 locais e 14 dos 18 segmentos investigados. As principais influências sobre a média global vieram de São Paulo (3,7%).

No corte setorial, as contribuições mais relevantes vieram de máquinas e equipamentos (9,7%), meios de transporte (8,8%) e produtos de metal (7,9%). Os ramos de vestuário (2,2%), madeira (-5,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (-5,4%) assinalaram as principais perdas neste tipo de comparação.


Folha de pagamento

Em dezembro de 2010, o valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria ajustado sazonalmente recuou 3,6% em relação ao mês imediatamente anterior, após queda em novembro (1,1%). Em relação ao ano anterior, o valor da folha de pagamento real cresceu 6,8% no fechamento de 2010, resultado mais elevado desde 2004 (9,7%). O crescimento reverteu a queda de 2,4% observada em 2009, apoiada na expansão do valor da folha de pagamento real de todos os 14 locais investigados.

O principal impacto positivo sobre o total da indústria veio de São Paulo (5,0%), seguido por Minas Gerais (7,6%), Rio de Janeiro (9,3%) e Rio Grande do Sul (9,1%). Nesses locais, as atividades que exerceram as maiores contribuições foram, respectivamente, máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (13,2%) e meios de transporte (4,3%); meios de transporte (18,9%) e produtos de metal (31,4%); meios de transporte (18,2%) e indústrias extrativas (7,1%); máquinas e equipamentos (17,6%) e meios de transporte (16,8%).

Em termos setoriais, ainda no índice acumulado no ano, 16 atividades aumentaram o valor da folha de pagamento real, com destaque para meios de transporte (8,3%), máquinas e equipamentos (7,6%), alimentos e bebidas (5,1%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (11,6%), que exibiram as maiores contribuições positivas. Em sentido oposto, os dois resultados negativos foram assinalados nos setores de madeira (-2,3%) e de fumo (1,3%).

 

Fonte:
IBGE



11/02/2011 12:43


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