Empresa fabricante dos caças Gripen montará centro de pesquisa no Brasil



Ainda com esperanças de que o Estado brasileiro opte por comprar seus aviões, executivos da Saab, empresa sueca fabricante do caça Gripen, se reuniram nesta sexta-feira (24) com o ministro da Defesa, Nelson Jobim. Segundo o diretor da Saab no Brasil, Bengt Janér, foi uma visita de cortesia para apresentação do novo presidente da empresa.


De acordo com Janér, foi também uma oportunidade de manifestar a intenção da empresa de montar um centro de pesquisa no Brasil, independentemente de o Estado brasileiro optar pelos caças suecos.


Apesar de negar ter conversado sobre os caças durante a reunião, Janér deixou o ministério reiterando a confiança de que o Gripen seria o caça mais adequado para o Brasil. “É grande a nossa confiança. Temos o melhor produto para o Brasil”, afirmou.


Na proposta de venda dos caças apresentada pela Saab já constava a montagem de um centro de pesquisa da empresa no País, a exemplo de outros centros montados na Austrália, África do Sul e Inglaterra, além da Suécia. Mas este centro estava condicionado à compra dos caças suecos.


“Viemos informar o ministro sobre nossa decisão de fazer isso mesmo que o governo brasileiro não opte pelo Gripen”, disse Janér. “Ainda não decidimos onde o centro de pesquisa será montado, mas muito provavelmente será em São Paulo por lá haver outros centros de pesquisa interessantes”, adiantou.


Setor aeronáutico brasileiro ganha destaque no exterior


Entre os motivos de o Brasil ter sido escolhido para abrigar o novo centro de pesquisa da Saab, Janér destaca o fato de o país ter a terceira maior empresa aeronáutica do mundo (Embraer), além de parques tecnológicos, universidades de ponta na área de aeronáutica e de engenharia e, ainda, por haver várias empresas encubadoras no País.


“Nossa intenção é buscar parcerias de longo prazo com engenheiros e com a indústria nacional para que desenvolvamos projetos de forma conjunta. Nossa visita ao ministro foi também motivada por querermos sua opinião sobre o assunto”, acrescentou.


Segundo Janér, o centro de pesquisa desenvolveria projetos de radares, sensores, guerra eletrônica, sistemas eletro-óticos, comando e controle e, também, produtos para a segurança civil que poderão ser aplicados à proteção de usinas hidrelétricas, estádios e grandes eventos, como as Olimpíadas e a Copa do Mundo.


“Temos muitas tecnologias, como fusão de dados e integração de sistemas, que poderão transbordar da área militar para a aviação civil e para a iniciativa privada”, adiantou Janér. De acordo com o executivo, a empresa obteve sinalização positiva de Jobim.


 

Fonte:
Agência Brasil

 



24/09/2010 18:15


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