Empresário confirma ligação com acusado de contrabando
Em depoimento na última quinta-feira à CPI da Segurança Pública, o sócio da empresa Tecnoturf Eduardo Prada, responsável pela compra de máquinas de jogos eletrônicos para casas de bingo no Estado, confirmou que já trabalhou com o empresário Tiago Loureiro, acusado de envolvimento com a máfia internacional da jogatina, contrabando de máquinas e corrupção passiva.
Conforme Prada, Loureiro assessorou a Tecnoturf em 1998, quando era responsável pelo credenciamento dos bingos estaduais no extinto Instituto do Desenvolvimento do Esporte e Turismo (Indesp). O sócio da Tecnoturf também disse que esteve em audiência com o secretário da Fazenda, Arno Augustin, para tratar sobre a regulamentação dos jogos eletrônicos no Rio Grande do Sul. "Isso pode confirmar a relação entre pessoas ligadas à máfia internacional e o Governo do Estado", concluiu o presidente da CPI, deputado Valdir Andres (PPB).
No segundo depoimento do dia, o sócio e gerente da empresa de segurança Asseprosul, Edson Cardoso, revelou que sua companhia não participou de licitação para realizar a segurança do Fórum Social Mundial, no início deste ano. De acordo com Cardoso, a equipe foi contratada de forma emergencial pelo produtor cultural do evento. A Asseprosul presta serviços para eventos da Rede Globo, RBS, Margs, Governo do Estado, entre outros. "Precisamos investigar essas declarações, já que o governo teve dois anos para fazer a licitação", disse Andres.
09/11/2001
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