Empresas brasileiras apresentam crescimento de 8% no volume de negócios



Os resultados da participação do Brasil como país parceiro da ISM 2014 mostraram que o mercado internacional está pronto para receber produtos diferentes, sabores típicos e exclusivos do país.

Entre negócios fechados e vendas a se concretizar nos próximos 12 meses, as 19 empresas brasileiras que participaram da feira em Colônia, totalizaram volume de receitas de US$ 24 milhões, um crescimento de 8,3% em relação aos negócios da ISM 2013, que somaram US$ 22 milhões. 

A participação das empresas de confeitaria é coordenada pela  ABICAB (Associação Brasileira da Indústria de Cacau, Chocolate, Amendoim, Balas e Derivados), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasi) e o Ministério de Relações Exteriores (MRE).

Terceira maior produtora de confeitos e chocolates do mundo, a indústria brasileira volta para casa pronta para começar a desenvolver novas linhas de produtos com características locais, utilizando as mais de 300 frutas brasileiras já identificadas em pesquisas científicas.

"O Brasil tem produção própria dos ingredientes básicos da confeitaria, como o açúcar de cana, que tem propriedades diferentes, inclusive a de ser mais doce do que os outros. O País também é grande produtor dos principais ingredientes da indústria de chocolate, como cacau e o leite", diz Rodrigo Solano, gerente de exportação da ABICAB.

"A partir de agora, cada vez mais vamos investir em trazer as novidades que atendem a curiosidade mundial e mostram a grandiosidade do país em qualidade", acrescenta Solano. 

Casos de sucesso 

Entre as empresas brasileiras que mais tiveram sucesso em conquista de novos mercados e contratos de venda futura de negócio na ISM 2014 estão aquelas que investiram em produtos únicos, com alto valor agregado e que deram destaque às características típicamente brasileiras: as fabricantes de chocolate Nugali e Garoto, indústrias de caramelo, Embaré, e de balas, Docile, e a fabricante de doces e snacks de amendoim, Santa Helena. 

A Garoto trouxe para a ISM produtos que destacaram a brasilidade, como aqueles recheados com banana, coco, castanha de cajú. "Vendemos mais do que na ISM 2013 e também abrimos novos mercados", diz Ricardo Rocha, gerente de exportação da Garoto.

"Nosso investimento em brasilidade neste ano em que o Brasil está tão em evidência ajudou muito a colocar novos produtos em mercados não tradicionais, além, é claro da força de vendas dos nossos tradicionais bombom Serenata de Amor e Baton", completou o gerente. 

A Embaré criou uma linha especial de caramelos de frutas brasileiras - todos feitos com leite fresco e iogurte - e em embalagens de algodão com desenhos feitos em serigrafia típicos do Nordeste do país e um livreto com as lendas indígenas.

"Estamos felizes com os resultados da feira, conseguimos fechar contratos para venda de produtos novos em dois mercados e, graças à atenção que esses produtos típicos despertaram na mídia internacional, estamos com fortes possibilidades de abertura de novos e importantes mercados", diz Solange Isidoro, gerente de exportação da Emabaré.

Estreante na ISM, a Santa Helena é uma das maiores fabricantes de snacks e doces de amendoim no Brasil. Segundo Mirella Figueiredo, gerente de exportação da empresa, os visitantes a seus estandes se surpreenderam ao encontrar doces, como a tradicional paçoquita, e snacks de amendoim no Pavilhão do Brasil. 

"Tivemos um alto número de visitantes, fechamos com distribuidores em importantes mercados da América Latina e  que nos surpreendeu foi o interesse de compradores árabes", diz Figueiredo. "Por conta desse interesse, vamos antecipar de 2016 para este ano ainda o projeto de lançamento dos nossos produtos no mercado árabe", afirmou Figueiredo. 

Além das indústrias de confeitaria, o Brasil foi representado na ISM 2014 por cinco empresas de biscoitos, em delegação coordenada pela ANIB (Associação Nacional da Indústria de Biscoitos).A marca Visconti, da Bauducco, teve a sua estréia em feiras internacionais, que também inovou suas embalagens e na comunicação visual.

ABICAB

A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (ABICAB) foi fundada em 1957 com o objetivo de responder pela política do setor junto às esferas públicas e privada, tanto no Brasil quanto no exterior.

As diretrizes da ABICAB são voltadas para a valorização destas indústrias, que são responsáveis pela geração de 31 mil empregos diretos e 62 mil indiretos. 

Atualmente, a ABICAB engloba a cadeia produtiva nacional, representando 92% do mercado de chocolates, 70% do mercado de balas e confeitos, 80% do mercado de amendoim e 100% do mercado de cacau. 

Apex-Brasil 

A missão da Apex-Brasil é promover a exportação de produtos e serviços do Brasil, contribuir para a internacionalização das empresas nacionais e atrair investimentos estrangeiros para o Brasil. A Apex-Brasil é uma Agência do governo brasileiro, ligada ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

A Agência realiza ações diversificadas de promoção comercial que visam promover as exportações e valorizar os produtos e serviços brasileiros no exterior, como missões prospectivas e comerciais, rodadas de negócios, apoio à participação de empresas brasileiras em grandes feiras internacionais, visitas de compradores estrangeiros e formadores de opinião para conhecer a estrutura produtiva brasileira entre outras plataformas de negócios que também têm por objetivo fortalecer a marca Brasil. 

ANIB

A Associação Nacional das Indústrias de Biscoitos dá o apoio necessário ao desenvolvimento sustentável das indústrias de biscoitos e afins. Possui mais de 50 associados, representando aproximadamente 80% do mercado nacional.

Fonte:
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos 



30/01/2014 12:05


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