Entidades excluídas da discussão sobre o IPE promovem ato de protesto



Inconformados por terem sido excluídos pelo Governo do Estado do processo de discussão que trata da reestruturação do Instituto de Previdência do Estado (IPE), a Federação Sindical dos Servidores Públicos do Estado (Fessergs) em conjunto com o Sindicato Médico do RS (Simers), a Federação de Hospitais do RS (Fehao) e a Federação das Associações dos Municípios do RS (Famurs), realizarão no dia 8 de novembro um ato denominado “Jornada Estadual em Defesa do IPE”. O evento terá por local o auditório Dante Barone, da Assembléia Legislativa e iniciará às 9 horas com término previsto para as 18 horas. Com o objetivo de contar com a participação do Legislativo gaúcho, uma comitiva representada por dirigentes das entidades promotoras esteve reunida na tarde desta quarta-feira com o presidente em exercício da Assembléia, deputado Mario Bernd (PMDB). No encontro o deputado Bernd assegurou sua participação e manifestou sua solidariedade aos propósitos que deram origem a Jornada. Sérgio Arnoud, presidente da Fessergs, afirmou que é inadmissível que os servidores diretamente envolvidos pela problemática do IPE não estejam participando das reuniões que tratam do futuro do Instituto. Segundo ele, cerca de um milhão de segurados se utilizam do IPE, “que apesar das dificuldades continua sendo um dos melhores planos de saúde do país”. Para Arnoud, o objetivo da Jornada é de sensibilizar o Governo do Estado da necessidade de permitir a participação das quatro entidades nas discussões. “Não entendo porque fomos excluídos pois somos parte interessada na manutenção do IPE”, declarou. Da mesma forma manifestou-se o diretor do Simers, o médico André Gonzales. Para ele, atualmente, a segunda maior preocupação dos médicos que atuam no interior do Estado é com o IPE. Gonzales disse que isto ocorre em função de que o Instituto está deixando de pagar por seus serviços profissionais e ainda por cima está glosando as contas, fruto de uma revisão tardia das mesmas. “Toda esta situação tem causado sérios prejuízos aos servidores públicos que acabam remetidos para o atendimento pelo SUS”, declarou Gonzales. Para o presidente da Fessergs o atual quadro do IPE está levando a instituição a sua liquidação enquanto plano de saúde. “Não podemos permitir que o IPE fique reduzida a ser apenas um mero pagador de previdência”, afirmou Sérgio Arnoud. Segundo ele, levantamentos efetuados pela entidade que representa indicam que o Instituto vem obtendo um superávit de R$ 6 milhões por mês, o que torna incompreensível a falta de alternativas para viabilização da autarquia providenciaria.

11/01/2000


Artigos Relacionados


Rádios comunitárias são excluídas da discussão sobre rádio digital, dizem representantes

Entidades de defesa da criança e adolescente acompanham discussão sobre redução da maioridade penal

Fátima Cleide registra nota de entidades em protesto contra cortes de recursos para a educação

Entidades promovem manifestação pela passagem do Dia Mundial de Luta contra a Aids

Cerca de 60 mil empresas são excluídas do Refis da Crise

Protesto contra vetos presidenciais adia decisão da CRE sobre embaixadores