Equipe do IEA avalia resultados economia paulista



Nas exportações prevalecem produtos que agregam valor, e nas importações, elementos que movimentam a agroindústria

Uma economia competitiva e moderna, também no agronegócio, em que nas exportações prevalecem os produtos com agregação de valor e, nas importações, a aquisição de elementos que movimentam a agroindústria de bens de capital e insumos.

É assim que os pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola da Agência  Paulista de Tecnologia dos Agronegócios da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (IEA/Apta/SAA) avaliam a economia paulista, partindo de dados básicos da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Secex/Mdic).

José Sidnei Gonçalves e Sueli Alves Moreira de Souza afirmam que as exportações dos produtos do agronegócio paulista, que respondiam por 25,47% das exportações do brasileiro em 1997, aumentaram em participação até 1999, quando se iniciou tendência de queda que se estendeu até 2003. Voltaram a crescer proporcionalmente desse ano em diante, atingindo 2006 com 28,34% e sofrendo novo recuo, alcançando 25,05% em 2007.

Em relação às exportações estaduais, a participação das vendas externas do agronegócio paulista reduziu de cerca de 35% (1997-1999) para patamar na casa dos 32% (2002-2006) e em 2007 ficou abaixo de 30%.

“As participações estaduais e/ou setoriais no comércio exterior associam-se a elementos que formam o ambiente macroeconômico que condicionam as transações entre nações. Desde logo o câmbio, que apresentou desvalorização da moeda nacional entre 1997 e 2004, acabou por estimular exportações, tornando as importações menos atrativas. Com a valorização pós-2004, tem-se o movimento reverso”, explicam os pesquisadores.

“Essa condição manifesta-se na presença de outro determinante, qual seja, o patamar de preços internacionais, uma vez que, crescentes, com câmbio em valorização, podem levar aos incrementos de exportação. Mas isso não se dá de forma uniforme em todo o Brasil, dada a especialização regional em alguns produtos, caso, por exemplo, dos agronegócios paulistas que, tendo como principal mercadoria exportada o açúcar, face a preços internacionais cadentes em 2007, perdem participação nacional, uma vez que as demais Unidades da Federação foram favorecidas com os maiores preços de soja e derivados, seu principal produto em 2007”

Agregação de valor – De 1997 a 2007, as exportações de produtos básicos do agronegócio paulista deram um salto: de pouco mais de US$ 1 bilhão no período 1997-2002, para níveis superiores a US$ 2,6 bilhões entre 2004 e 2007.

Quando são considerados os produtos processados, os valores das vendas externas dos agronegócios paulistas são maiores, evoluindo de patamares em torno dos US$ 5 bilhões no primeiro período para acima de US$ 12 bilhões no biênio 2006-2007.

“Em linhas gerais notam-se as relevantes diferenças estruturais entre os agronegócios paulista e das demais unidades da Federação, à medida que, em São Paulo, a parcela expressiva das vendas externas corresponde a produtos processados, enquanto nas demais prevalecem os básicos”, afirmam Gonçalves e Sueli.

Do Instituto de Economia Agrícola



03/19/2008


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