Equoterapia: “É ciência, mas parece mágica”
A caminhada humana ocorre a partir da seqüência de movimentos. O homem transfere o peso de seu corpo para o lado, vai para cima, para a frente, para baixo e para trás. Segundo Lenora Ávila, é exatamente o mesmo movimento que o dorso do cavalo faz quando dá o passo. “É muito comum ouvirmos o relato de pacientes paraplégicos que montam a cavalo: ‘Nossa, parece que eu estou andando novamente’”.
Meia hora em cima do animal a passo lento equivale a aproximadamente uma hora de caminhada, o que pode ser muito cansativo para pessoas com vida sedentária. Contudo, é a partir de todo esse esforço que ocorre a adequação da postura.
“Quem está muito molinho fica mais firme e quem está muito firme relaxa e adapta-se à montaria. Para a fisioterapia isso é maravilhoso. A fonoaudiologia também se beneficia porque, com a postura boa, a pessoa fala e respira melhor, aumentando sua auto-estima”, avalia Leonora. “É ciência, mas parece mágica”.
Superação – Ana Margarida está andando normalmente, o garoto Alan se sente menos tímido e já consegue conversar com algumas pessoas. Todos os participantes do trabalho de equoterapia no Regimento da Cavalaria presenciaram e fizeram parte da superação das dificuldades humanas, sempre apoiadas por uma figura principal: o cavalo.
O major Walter reconhece a responsabilidade. “Os grandes personagens são os voluntários e os animais. O Regimento é mero coadjuvante”, salienta.
10/25/2007
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