ERNANDES AMORIM PREGA FORTALECIMENTO DA EXPORTAÇÃO



Ao pregar a urgência de um novo e vigoroso surto exportador, o senador Ernandes Amorim (PPB-RO) pediu nesta terça-feira (dia 16) que o governo se preocupe seriamente em erradicar a aftosa, a brucelose e outras pragas e endemias consideradas de alto risco. Ele considera importante o país livrar-se desses problemas, no entendimento de que essa é a principal arma para derrubar as restrições impostas pela Comunidade Européia aos produtos agropecuários brasileiros."É vergonhoso para nós, brasileiros, em particular para mim, que sou agricultor, ver o meu país importar arroz, feijão e milho", disse o parlamentar. Ele defendeu mais financiamento para produção e exportação, certo de que assim o Brasil conseguirá, nos próximos anos, maior crescimento econômico, com melhoria do nível de emprego e da renda nacional. Segundo o parlamentar, os últimos acontecimentos, como a quebra da Rússia e dos tigres asiáticos, demonstraram a necessidade de o Brasil direcionar sua política econômica para o fortalecimento do setor produtivo, em especial a agricultura e a pecuária. Em visita ao ministro da Agricultura, Francisco Turra, o senador afirmou ter constatado que o orçamento dessa pasta é irreal para as necessidades mínimas do desenvolvimento agrícola do país.- E como se não bastasse o estado de indigência por que passa o setor, esse ministério foi contemplado no orçamento de 1999 com o maior corte de recursos de sua história - observou Amorim.Ao apontar a escassez de recursos, ele perguntou como o país vai plantar, melhorar o rebanho, pesquisar para aumentar a produtividade e aperfeiçoar a genética. Apresentando números do Ministério da Agricultura, Amorim disse que as exportações mundiais de lácteos atingiram, em 1997, um volume total de US$ 28,41 bilhões, mas a participação brasileira foi inexistente. "Por outro lado, o que é incompreensível, o Brasil participou com apenas 2,5% das exportações de carne bovina", comentou ele.O senador também informou que a carne suína, a mais consumida no mundo, representou no ano passado, nas exportações brasileiras, um total de apenas US$ 140 milhões, menos de 1% do mercado mundial. Ele considerou estranho que, tendo o segundo maior rebanho do mundo, o Brasil nada exporte. Pelo contrário, o país importa milhares de dólares em leite, na visão de Amorim, "porque falta pesquisa, produtividade e competitividade, além de uma agressiva campanha de vacinação para combater a aftosa e a brucelose".

16/11/1998

Agência Senado


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