ERNANDES CRITICA INTROMISSÃO DE CLÓVIS CARVALHO NA AGRICULTURA
O senador Ernandes Amorim (PPB-RO) acusou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Clóvis Carvalho, de estar desrespeitando as diretrizes do governo, expostas na recente reforma ministerial. De acordo com o senador, ao reformular as atribuições dos ministérios, o presidente Fernando Henrique Cardoso passou para o Ministério da Agricultura, comandado pelo ministro Pratini de Morais, a responsabilidade das questões ligadas ao café, ao açúcar e ao álcool.- Esta diretriz de governo está sendo desafiada pelo ministro Clóvis Carvalho, que acolhe resistências de setores burocráticos. Ao que parece, o ministro quer implantar o mesmo ritmo do "devagar quase parando", com o qual tratava questões relacionadas às reformas na Casa Civil - criticou o senador.No entanto, Ernandes Amorim elogiou a reestruturação da administração federal, principalmente a criação do Ministério da Integração Regional, que terá a prerrogativa de estabelecer as diretrizes e prioridades de aplicação dos recursos dos fundos constitucionais do Norte, Nordeste e Centro Oeste.- Esta é uma iniciativa que apoiamos. O Brasil precisa de políticas diferenciadas para suas diferentes regiões, e em alguns casos, de agências especiais para conduzir a implantação destas políticas - ressaltou.RENDA MÍNIMAAo final de seu pronunciamento, o senador por Rondônia comentou a adoção de programas de renda mínima no país. Apesar de concordar com a medida como uma das formas de erradicar a pobreza, Amorim disse que a única solução para o problema reside na geração de empregos. O senador desconfia da capacidade do país para patrocinar programas deste tipo, "uma vez que faltam recursos até mesmo para o pagamento de aposentadorias".Autor de projeto de lei que regulamenta os programas de garantia de renda mínima, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) explicou que a idéia é complementar os rendimentos de pessoas que não alcancem um patamar mínimo de aproximadamente R$ 300. - Uma pessoa que tem renda zero, por estar desempregada, teria direito a 30% da diferença entre os R$ 300 e a sua renda, o que daria R$ 90. Já o indivíduo que ganhe R$ 150, pelo mesmo cálculo, teria direito a R$ 75, perfazendo uma renda final de R$ 225. A idéia é garantir uma renda mínima e criar estímulos para que as pessoas estejam empregadas e ganhem mais - salientou.
04/08/1999
Agência Senado
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