EUA conquistam a maior vitória contra os talibãs
Os rebeldes da Aliança do Norte, que têm o apoio dos Estados Unidos, anunciaram ontem ter tomado a estratégica cidade de Mazar-i-Sharif, conquistando a primeira grande vitória contra os talibãs no Afeganistão em mais de um mês de guerra. Segundo o comandante rebelde Rashid Dostum, a oposição invadiu a cidade após quatro horas e meia de luta.
Ele afirmou que os talibãs fugiram e 500 deles morreram em quatro dias da mais violenta batalha desde o início da ofensiva. Os EUA se limitaram a dizer que a situação na região está "em desenvolvimento", mas o governo afegão admitiu que a Aliança do Norte entrou na cidade, um dos pontos mais cobiçados da campanha militar.
O domínio de Mazar-i-Sharif é vital para o controle do norte do país e abre aos rebeldes uma rodovia que leva à capital, Cabul, e à fronteira com o Uzbequistão, onde há tropas dos EUA. O Pentágono pediu dois dias para comentar a batalha, mas o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, confirmou que houve progressos substanciais na tomada de Mazar-i-Sharif. No Paquistão, quatro pessoas morreram em manifestações pró-Talibã. (pág. 1 e 31)
Em outro momento tenso, os pataxós abandonaram o tribunal em protesto contra a afirmação do advogado de um dos réus de que Galdino estava bêbado na noite do crime. (pág. 1 e 3)
Num primeiro estudo, divulgado pelo "Globo", a CPI havia encontrado 101 hospitais sem estações de tratamento. (pág. 1 e 15)
EDITORIAL
"Útil" - Desde que entrou em operação, a usina nuclear de Angra 2 tem contribuído com mais de 1.300 megawatts de energia firme para o sistema interligado brasileiro. Como essa energia é gerada quase na ponta do consumo, praticamente não existe perda de transmissão, o que garante ao Rio um fornecimento de alta qualidade. (...) Seu desempenho operacional tem superado todas as expectativas.
Os custos de geração também têm sido uma agradável surpresa para a empresa responsável pela usina, pois ficaram aquém do que se imaginava. (...) Angra 3 utilizará uma infra-estrutura comum às outras centrais e ajudará a viabilizar economicamente o conjunto da indústria nuclear no Brasil, possibilitando o retorno do investimento já feito. (pág. 6)
COLUNAS
(Panorama Político - Tereza Cruvinel) - As chamas produzidas pela colisão entre os presidenciáveis Tasso Jereissati e José Serra, e alimentadas pelas críticas do primeiro ao partido e à condução do processo sucessório, exigiram ontem ação pacificadora dos mais importantes tucanos. De Nova York, o próprio Presidente agiu como bombeiro, juntamente com o presidente da Câmara, Aécio Neves. Pois nesse rumo o destino da carruagem tucana na sucessão estará selado. Primeiro efeito, Tasso baixou o tom. (...) (pág. 2)
(Nhenhenhém - Jorge Bastos Moreno) - Em telefonema para Nova York, ontem, Tasso Jereissati explicou ao presidente da Câmara, Aécio Neves, não ter tido a intenção de ofender o PSDB quando cobrou clareza e caráter do partido.
Aécio ligou para Serra, que já estava mais calmo.
FH entrou também no circuito.
E ficou tudo como dantes no quartel de Abrantes.
Serra vai vingar-se de Tasso, convidando-o para jantar na sua casa, na volta.
Quem passou pelo Palácio de Cambeba, nos últimos dias, sabe que lá também a comida não fica nada a dever. Tasso alega que a chef de cozinha viajou. (pág. 3)
(Ancelmo Góis) - Marcílio Marques Moreira conversava ontem com empresários do setor de energia sobre as perspectivas da economia brasileira em 2002.
"Tem o problema político", disse um deles.
"O Lula?", questionou o ex-ministro.
"Esse não. O perigo é o Bin Laden de Minas".
O governador Itamar Franco, por pressuposto.
Só um ganhará a quarta estrela, este mês.
Dois postos de generalato ficarão vagos por determinação de FH, que mandou baixar de 138 para 134 o número de oficiais no Exército. (pág. 18)
11/10/2001
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