EUA já caçam Bin Laden no Afeganistão
EUA já caçam Bin Laden no Afeganistão
Embora evitando fazer comentários, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, confirmou ontem que militares norte-americanos já estão em território afegão. "Não se enganem", disse Bush a jornalistas. "Estamos dando buscas" (a Osama bin Laden, acusado pelos atentados terroristas em Nova York e Washington).
O presidente havia sido indagado sobre a questão em vista de informações publicadas nos últimos dias sobre a presença de forças especiais da Inglaterra e dos EUA no Afeganistão desde o dia 13. São equipes de três a cinco soldados, que concentram suas buscas em cavernas e túneis da região sudoeste do país.
Sua missão é capturar ou matar Bin Laden - ou, se isso não for possível, mantê-lo onde estiver e encomendar um ataque aéreo. (pág. 1 e A17 a A26)
* O diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, alertou ontem o mercado que o Governo pode adotar novas medidas, até mudanças nas taxas de juros, caso o dólar retome a trajetória de alta.
Ele afirmou ser ainda cedo para saber se a recente restrição do BC à atuação dos bancos no câmbio foi eficiente contra a especulação.
O dólar fechou ontem em R$ 2,671, com baixa de 0,15% - queda de 5,78% na semana. (pág. 1 e B1)
* A Bovespa fechou em alta de 2,22%. Em Nova York, a Nasdaq subiu 2,61% e o Dow Jones, 1,91%. (pág. 1 e B13)
* A revisão do PIB do 2º trimestre, divulgada ontem pelo IBGE, trouxe dados bons e ruins. A estimativa anterior era pior: o PIB de abril a junho ficou estável em relação ao trimestre anterior (+0,02%), melhor do que a queda de 0,99% apontada antes. No semestre, subiu de 0,79% para 1,82%.
Mas o investimento na economia, de 25,72% do PIB, recorde no 1º trimestre , caiu 20,89%. Já o BC reduziu de 2,8% para 2% a previsão de crescimento do PIB no ano. (pág. 1 e B4)
* Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato do PT à Presidência, desautorizou ontem o economista Guido Mantega, um de seus assessores, a comentar as correntes ideológicas petistas. Na quarta-feira, em uma palestra, Mantega disse que os radicais do partido "não apitam nada" em matéria econômica.
As declarações provocaram crise no PT. "Guido falou uma coisa que não devia, até porque não é a área dele", afirmou Lula.
Ontem Mantega pediu desculpas. "De fato, atuo no área econômica e cometi um tropeço verbal", admitiu. (pág. 1 e A6)
* O Governo anunciou ontem que decidiu sacar a primeira parcela - no valor de US$ 4,7 bilhões - do empréstimo de aproximadamente US$ 15 bilhões do Fundo Monetário Internacional (FMI). Segundo o diretor de Política Econômica do Banco Central, Ilan Goldfajn, o saque servirá para mostrar que o balanço de pagamentos é forte e que não existe, dentro do Governo, a idéia de um novo acordo com o FMI. "Ele está aí e é para valer", afirmou.
O saque vai se incorporar à reserva de moeda estrangeira e reforça a capacidade do BC no controle do câmbio. (pág. 1 e B1)
* O governo do Estado de São Paulo vai investir em segurança no próximo ano R$ 6,2 bilhões, 16,9% a mais do que neste. Na área social, esse será o setor mais beneficiado com aumento de recursos.
A segurança pública, ponto frágil do atual governo, é considerada uma questão-chave para as eleições de 2002. "Nem eu nem o governador Geraldo Alckmin estamos preocupados com as eleições", afirma o secretário de Economia e Planejamento, André Franco Montoro Filho. "Nós temos de fazer o que é adequado, com reflexo positivo ou negativo." (pág. 1 e A4)
Editorial
"Mudança de estilo, mas não de essência"
Países com regimes cambiais diferentes podem, sim, formar bloco econômico com tarifa externa comum que é o que caracteriza uma união aduaneira. A saída para a crise do Mercosul seria o aperfeiçoamento de suas instituições, não o retrocesso. (pág. 1 e A3)
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