Eunício Oliveira cobra solução permanente para enfrentamento da seca



O senador Eunício Oliveira (PMDB-PE) cobrou uma solução estrutural e permanente para a seca no Nordeste, o que permitiria a convivência com o semiárido. Ele citou como exemplo da transposição do Rio São Francisco.

- A vitória de países como Israel, que enfrenta uma secura pior que a nossa, mostra que ninguém está fadado a morrer de fome e de sede porque chove quase nada durante todo tempo – disse, em pronunciamento nesta quinta-feira (29).

Para Eunício Oliveira, a solução para o problema da seca passa pelos novos critérios de distribuição dos royalties do petróleo, pelos quais todos os estados brasileiros, e não só os produtores, serão beneficiados financeiramente. Ele disse que, ao sancionar o projeto a presidente Dilma Rousseff “garantirá para si um lugar único na longa e dura história da emancipação econômica e social do povo nordestino”.

Eunício Olieira informou que quase todos os municípios do Ceará encontram-se hoje em estado de emergência. O estado atravessa a pior seca das últimas décadas e 174 dos seus 184 municípios estão em situação especial devido à estiagem, o que garantirá a mobilização do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, em âmbito local.

Segundo o senador, 49 açudes no estado encontram-se abaixo da sua capacidade, dada a evaporação mais rápida em razão das temperaturas superiores a 40 graus, o que compromete o abastecimento e provoca a morte dos rebanhos. O senador acrescentou que a presente seca no Ceará reavivou a figura lendária do retirante, dada a quantidade de pessoas que se encontram à beira das estradas para fugir da estiagem.

- A triste imagem voltou a ser vista. Quem ainda conseguiu comprador para o gado para sobreviver, desfaz-se dos animais, reúne os pertences, a família, abandona o sítio, os parentes, rumo a futuro de insegurança nas cidades -  lamentou.

Eunício Oliveira disse que o carro pipa do governo federal consegue levar água apenas para consumo humano, e que para abastecer os animais os produtores têm que pagar R$ 180 pela “carrada” de água, a exemplo do que ocorre em Madalena, o município mais afetado pela seca, em que se registraram apenas 144 milímetros de chuva em 2012, “seis vezes menos que a média regional, que já é ruim”.

O esvaziamento de cidades interioranas inteiras agrava os problemas dos grandes centros urbanos e dificulta a recuperação econômica dos municípios, disse Eunício. O senador reconheceu, no entanto, que o  rigor e a duração da seca no Nordeste teriam consequências mais trágicas se nao existissem os programas de transferência de renda e as políticas de compensação por perdas na estiagem, a exemplo do Garantia-Safra.

Eunício diss que milhões de famílias sertanejas que vivendo uma vida tão precária, aos caprichos do clima, em quase estado de marginalização, devem causar indignação em todos os brasileiros.

- A seca sempre existirá. É preciso que construamos soluções estruturais permanentes – reiterou.



29/11/2012

Agência Senado


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