Ex-peemedebistas optam pelo PPS



Ex-peemedebistas optam pelo PPS Dissidentes evitam críticas pessoais, preferindo lembrar figuras históricas e anos de militância O grupo de dissidentes do PMDB, integrado pelos deputados Berfran Rosado, Cézar Busatto, Iara Wortmann, Mário Bernd e Paulo Odone, pelo ex-governador Antônio Britto, pelo deputado federal Nelson Proença e pela vereadora Clênia Maranhão, anunciou ontem, em entrevista no plenarinho da Assembléia Legislativa, a desfiliação do partido. Na próxima semana, passarão a integrar o PPS. Eles evitaram críticas pessoais aos peemedebistas, optando por ato mais emotivo. Os dissidentes falaram sobre os anos de militância, lembraram figuras históricas do PMDB, como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Teotônio Vilela e André Forster, salientaram as divergências com a cúpula nacional do partido, qualificada como 'clube da esperteza'. Dos atuais peemedebistas, fizeram referências positivas só ao governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, e ao prefeito de Joinville, Luiz Henrique da Silveira. Os ataques ao senador Pedro Simon, apontado como um dos motivos da saída, foram minimizados, mas contundentes. 'Esse Simon de hoje não nos ofende. Preferimos guardar a imagem que temos de um homem sereno e justo', disse Bernd. A rejeição ao nome de José Fogaça pela bancada federal para assumir a presidência do Senado, semana passada, foi questionada. 'Fogaça vive um drama que o clube da esperteza lhe impôs, de ser vetado pela seriedade', ponderou. Segundo Busatto, a mudança de rumos do PMDB, motivada pelo fisiologismo, pelo clientelismo e pelas benesses do poder obrigou-os a escolher entre os afetos construídos no partido e a esperança que vinha sendo perdida de que fossem mudados os métodos. Os dissidentes recorreram ao estatuto do PPS para justificar a opção partidária. Destacaram as prioridades por programa de desenvolvimento, a democracia interna plena e a luta pelo fim da recessão e do desemprego. As filiações serão abonadas por Ciro Gomes, em Porto Alegre, que passa a contar com o apoio do grupo como candidato ao Palácio do Planalto em 2002. Diretório do PPB escolhe executiva O diretório municipal do PPB de Porto Alegre definiu ontem a executiva do partido, que tem Hugo Mardini como presidente. As vice-presidências ficam com Percival Oliveira Puggina e Mônica Leal Markunsons. A secretaria-geral será exercida por Miguel Wedy, tendo como 1º secretário o vereador Beto Moesch. Bernardino Vendruscolo assume como tesoureiro, ao lado de Luiz Carlos Machado. Tarso Boelter, Eliani Maria Palma e Péricles Cunha são suplentes da executiva. O novo comando, segundo Mardini, começa a formar os quatro grupos de trabalho para a elaboração de estratégias visando às eleições de 2002. Os grupos, coordenados pelos vereadores do PPB, identificarão necessidades do partido para ampliar a base eleitoral na Capital e na região Metropolitana. O objetivo é dar maior visibilidade ao PPB. Schirmer classifica o grupo como desertor O presidente estadual do PMDB, deputado federal Cezar Schirmer, classificou como desertor o grupo dissidente, dizendo que a decisão se deveu a personalismo, vaidade e arrogância. 'O PMDB nunca teve dono ou semideuses, não cultua personalidades nem possui vontades imperiais. Isso explica a escolha por um partido pequeno como o PPS: para reinarem absolutos', atacou Schirmer. Segundo ele, a deserção contrariou a cultura política do Rio Grande do Sul e representou abalo ao senador Pedro Simon. 'Foi um golpe traiçoeiro na candidatura dele à Presidência da República. Diziam que o Simon seria traído pela cúpula, mas a traição veio daqueles que antes o aplaudiam', afirmou o presidente do PMDB. Schirmer pediu aos que deixaram o partido para devolverem os mandatos. 'Esses não lhes pertencem, pois foram eleitos com o esforço dos peemedebistas', alegou, aplaudido pelos filiados que lotaram o diretório estadual ontem à tarde. Schirmer previu que não haverá dissidência na militância. 'A deserção foi na cúpula e a base continua unida. Para cada um que sai, temos dez que ficam', garantiu. Conforme ele, as articulações políticas poderão se fortalecer com o PTB e o PDT. 'Não acredito que o PPS chegue ao 2º turno no Estado, mas garanto que estaremos lá. Dependendo da vontade das bases, Simon poderá concorrer a governador', avaliou. Comissão de sindicância investiga CPI das Obras Foram escolhidos ontem os nomes dos cinco integrantes da comissão de sindicância que investigará as denúncias de que membros da CPI das Obras Inacabadas teriam tentado extorquir dinheiro de um empreiteiro em troca da não-inclusão da empresa dele entre as acusadas de irregularidades. A comissão, que terá 15 dias para trabalhar, será formada por representantes do PMDB, PPB, PSDB, PFL e PT. FHC define hoje o novo ministro da Integração O presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) escolhe hoje o ministro da Integração Nacional. Após a recusa do senador José Fogaça, o PMDB decidiu deixar FHC livre para fazer a indicação. A decisão foi acertada na reunião do presidente do partido, Michel Temer, com os líderes na Câmara e no Senado e com o ministro dos Transportes, Eliseu Padilha. O presidente declarou que ainda aguarda o PMDB. Está cogitado o economista Dorany Sampaio. Filiação ocorrerá segunda-feira A filiação formal e festiva dos oito dissidentes do PMDB gaúcho ao PPS vai ocorrer na próxima segunda-feira, segundo garantiu ontem o deputado Bernardo de Souza. O objetivo é cumprir os prazos estabelecidos pela legislação. O ato terá as presenças do presidenciável Ciro Gomes e do senador Roberto Freire. Depois de se reunir com as lideranças, logo após o anúncio oficial de desfiliação do PMDB, Bernardo disse que o PPS passará a ter uma bancada poderosa na Assembléia Legislativa sem ter arredado um milímetro dos seus propósitos e do programa ideológico. Ele acredita que a boa relação que sempre manteve com todos os parlamentares facilitará o convívio na nova bancada. Assegurou que no momento da filiação todos apresentarão os documentos exigidos para a quebra dos sigilos bancário, fiscal e patrimonial, seguindo a exigência do Código de Conduta Parlamentar. Fortunati ingressa no PDT com a presença de Brizola O vereador José Fortunati se filia hoje ao PDT. O ato ocorre às 19h na sede do diretório estadual, com a presença do presidente nacional do partido, Leonel Brizola. Fortunati deixou o PT no dia 10 e anunciou o ingresso no PDT esta semana. Ontem, ele fez pronunciamento no plenário da Câmara expondo as razões da troca de partido. Disse que levou em consideração a atuação como sindicalista e militante de esquerda. Lula critica proposta de independência do BC O presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, voltou ontem a criticar a proposta de independência do Banco Central (BC). Segundo ele, essa idéia talvez seja orientada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). 'Se fosse tão bom, o presidente Fernando Henrique deveria ter feito logo no primeiro ano de governo ou, antes, quando foi ministro da Fazenda', opinou. Lula afirmou também que caberá ao próximo governo prosseguir com a discussão. Nova cúpula abre espaço para Itamar em rádio e TV O governador de Minas Gerais, Itamar Franco, vai participar do programa do PMDB que será exibido em horário nobre e gratuito no rádio e na televisão. A iniciativa partiu do presidente do partido, deputado Michel Temer, de São Paulo, que desde a derrota imposta ao grupo de Itamar, na convenção nacional do dia 9, trabalha para construir a unidade partidária. 'Mas Itamar não poderá chamar o presidente FHC de ladrão', adverte um dirigente. Roseana não admite que é candidata à Presidência A governadora de Maranhão, Roseana Sarney, do PFL, não admite ainda que é candidata a presidente da República, mas reconheceu ontem que já existe a possibilidade de uma mulher assumir o cargo. Feliz com os resultados nas pesquisas, em que figurou em segundo lugar, ela afirmou que é cedo para discutir candidatura. 'É uma boa colocação, uma vitória. Não falo porque não sou candidata, mas Fernando Henrique sabe o que eu penso', disse. Sartori passa a liderar bancada Com a saída de cinco deputados do PMDB, o deputado José Ivo Sartori passa a ser o novo líder da bancada e o deputado João Osório, líder partidário. O deputado Alexandre Postal permanecerá na 1ª secretaria da Assembléia e Elmar Schneider, na presidência da Comissão de Serviços Públicos. As novas funções serão ratificadas pelo grupo, na próxima semana, quando a bancada do PMDB começará a atuar de forma reduzida. Para Sartori, o mais importante neste momento não é a distribuição de cargos. 'Teremos muita calma e debateremos todas as questões internamente no partido antes de anunciar qualquer decisão', salientou. Segundo ele, o PMDB manterá a sua linha de atuação em oposição ao governo do Estado, fazendo o discurso que sempre pregou. Ele acredita que, mesmo havendo uma redução significativa na bancada, o ânimo para trabalhar será redobrado. Schneider consulta bases para decidir O deputado Elmar Schneider, do PMDB, só definirá a sua situação no partido no próximo dia 3, após consultar as bases. 'Estou conversando com prefeitos, vereadores e militantes da minha região. Tenho amizade e admiração pelos que saíram, mas preciso levar em conta a história pessoal no PMDB, no qual milito desde 1974', desabafou Schneider. Inconformado com a trajetória do partido, foi procurado terça-feira pelo senador Pedro Simon. 'Ele pediu para eu ficar. Respondi que a única hipótese disso acontecer é se tiver espaço para mudar o PMDB. Porém, os meus eleitores darão a última palavra', declarou Schneider. Artigos CAIXA: VIVA E ABANDONADA João Luiz Vargas Alguém se lembra dos servidores da Caixa Econômica, Estadual (CEE), Gaúcha Tostão por Tostão, autarquia criada pelo governador Brizola para fomentar os pequenos empreendimentos do nosso Estado? Estão esquecidos pelo governo do Estado. Muito embora seus familiares e colegas de repartição sejam testemunhas do calvário em que se transformou sua carreira. Depois da diáspora imposta pela privatização da Caixa Estadual, eles estão há quase sete anos sem receber uma migalha de recuperação das perdas dos seus salários. São cerca de 3,5 mil servidores ativos que emprestam sua competência a outros setores do serviço público em diferentes regiões do Estado, para onde foram remanejados. São vítimas do descaso governamental e lutam contra dificuldades diversas: demora na liquidação da Fundação Caixa (Fucae), cujo processo está sendo analisado pelo Ministério Público, atraso do governo Olívio no pagamento dos seus precatórios e violenta defasagem salarial. O deputado Manoel Maria e eu, acompanhados de servidores da ex-autarquia, tivemos audiência com o procurador-geral do Estado, Cláudio Barros Silva, pedindo empenho e agilização na avaliação do processo de liquidação da Fundação Caixa, que está nas mãos do promotor André Felipe Camargo. A liquidação da Fucae se desenrola há quatro anos, desde que começou a ser analisada pelo Ministério da Previdência. A dívida do governo do Estado em precatórios dos servidores da Caixa é de R$ 12 milhões. Mesmo assim, o governo Olívio descumpriu a previsão de pagamento dessas dívidas constante no orçamento do Estado de 2000. Sem dar reajuste a essa prestimosa categoria, o governo também não paga os seus precatórios devidos, apesar da confirmação do crescimento paulatino da arrecadação desde 1999. O plenário da Assembléia Legislativa aprovou, na terça-feira, 25/9, a emenda que apresentei estendendo ao pessoal da extinta CEE o reajuste salarial de 27,94%, que será dado ao quadro geral em cinco parcelas. A aprovação dessa emenda foi um ato político da maioria do Legislativo em apoio à categoria que tem sido esquecida pelo governo na hora de concessão de reajuste. Se o governador vetar a emenda, por julgá-la com vício de origem, terá o dever moral de remeter projeto imediatamente contemplando esses servidores com a reposição das perdas salariais. Colunistas Panorama Político/A. Burd PARTIDO NOVO, ANTIGAS CONTRADIÇÕES A saída, ontem, dos dissidentes do PMDB deixa questionamentos sobre os motivos que os levaram a abandonar o partido no qual construíram sua história política. O PMDB é aliado do governo federal há seis anos e o grupo que hoje condena Fernando Henrique foi o mesmo que votou, em 1998, na convenção, pelo apoio ao PSDB nas eleições. Entre os argumentos dos dissidentes estavam ainda o fato de José Fogaça não ser indicado à presidência do Senado e a manutenção do PMDB na base do governo federal. O episódio de Fogaça foi até apontado como decisivo para a saída. Porém, o senador garantia ser o candidato do Palácio do Planalto. É, no mínimo, contraditório se opor a um governo que sustentava a indicação de Fogaça. VIZINHOS INGRATOS A deputada Jussara Cony, do PC do B, disse não ter condições de 'vizinhar', no plenário, com os dissidentes do PMDB, que passarão a ocupar o mesmo lado. Espera que o setor administrativo resolva o caso. VELHOS PARCEIROS Os deputados Paulo Odone e Bernardo de Souza relembraram a década de 60, quando, juntos, atuavam no movimento estudantil. Pertenciam ao 'grupão' que coordenava as ações políticas da época. DESTINO - O presidente estadual do PMDB, Cezar Schirmer, recorreu ao estatuto do PPS para comentar a saída dos dissidentes. Em tom irônico, disparou na entrevista: 'Ou o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, aderiu ao neoliberalismo ou os ex-peemedebistas ao marxismo', disse, citando o programa partidário, que qualifica o PPS como 'legenda humanista e socialista, resgatando a melhor tradução do pensamento marxista'. REVIRAVOLTA Muitas transformações na Assembléia Legislativa começam a ser processadas. Muda a correlação de forças nas negociações entre as lideranças e na divisão das comissões permanentes. O PPS, que não tinha nenhuma, poderá ter duas. O PMDB, que preside duas comissões, deverá ficar com apenas uma. CHORO O governador Olívio Dutra aproveitou a reunião em que apresentou à bancada federal gaúcha, ontem, as propostas do Estado para o orçamento da União de 2002, para apelar pela liberação dos recursos previstos neste ano. Dos R$ 500 milhões prometidos, chegaram ao Rio Grande do Sul somente 7%. POR OFÍCIO Em missão oficial no Chile, a deputada Iara Wortmann comunicou sua desfiliação do PMDB por carta. NUVEM DE LÁGRIMAS Os deputados Berfran Rosado, Paulo Odone e Cézar Busatto, que deixaram, ontem, o PMDB, não esconderam as lágrimas. Na coletiva em que anunciaram o desligamento, era visível o nó na garganta. MAIS TEMPO O PPB corre atrás de composição com o PSDB e com o PFL por motivo numérico. Se fecharem aliança, terão quase dois terços do horário eleitoral gratuito de rádio e televisão na campanha ao governo do Estado. EXPECTATIVA O ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont e o presidente licenciado do PT gaúcho, Júlio Quadros, disputam voto a voto o 2º lugar na eleição pela presidência nacional. José Dirceu venceu no 1O turno, mas a composição da executiva está pendente. Poderá ter mais Democracia Socialista ou Articulação de Esquerda. APARTES Palácio Piratini confirmou audiência com o presidente estadual do PPB, Celso Bernardi. Será 2a-feira, às 17h. Reunião do Fórum Democrático para debater adoção do Simples transferida para 18 e 19 de outubro. Comissão de Fiscalização e Controle da Assembléia volta à carga quarta-feira. Discutirá o Orçamento Geral do Estado enviado pelo governo. A propósito do orçamento, a Comissão de Finanças e Planejamento escolhe hoje o relator da matéria e define as datas de debate. Emancipacionistas acompanharão o deputado Giovani Cherini, do PDT, dias 9, 10 e 11, em Brasília. Levarão propostas para alterar a legislação. As bancadas que integram a Frente Popular na Câmara de Porto Alegre conseguiram 11 assinaturas para instalar a CPI do Montepio. Prefeitura da Capital envia amanhã, ao Legislativo, IPTU progressivo. Editorial BUSH PAI E BUSH FILHO O George Bush pai teria passado à história dos Estados Unidos no século XX como um presidente medíocre se não houvesse acontecido a Guerra do Golfo. O Bush filho está usando o ataque terrorista a Nova Iorque e Washington para afastar a idéia da maioria do povo norte-americano, consagrada nas urnas populares, de um político tímido diante das grandes soluções a tomar. Em seu discurso, que a imprensa nacional e parte da internacional classificam como histórico e comparável ao de Roosevelt em 7 de dezembro de 1941, após ter notícia do ataque japonês a Pearl Harbor, o moço Bush cometeu, porém, algo que no mínimo pode ser considerado como impropriedade e demasia. A frase 'ou vocês estão conosco ou com os terroristas' chega às raias do insulto para os demais países do mundo. Um típico ato de intolerância e radicalismo a desconsiderar o direito de cada nação avaliar a conduta própria em relação ao episódio de 11 de setembro de 2001, uma data trágica para o mundo. Claro que combater o terrorismo é missão universalmente imposta a todos os povos, mas muito diferente é a participação militar na guerra, aliás contra inimigos desconhecidos que atacaram os EUA. Dentro da própria nação norte-americana deve existir, como houve nos tempos de Coréia e Vietnã, embora o natural temor inspirado pela caça às bruxas imponha silêncio, quem pense que só a identificação dos responsáveis pelos atos de terror poderá legitimar o esforço. É coisa essencial da penalística de aplicação individual; essencial, igualmente, entre nações. Em todos os continentes, a maioria dos povos exige a prova irrefutável da autoria. A frase de Bush perante o Congresso é, em essência, megalomaníaca e revestida do velho vício da Casa Branca e do Pentágono de se atribuírem o distintivo estrelado de xerife. O mundo é contra o terror, repitamos, ameaça comum a todos os povos. A luta é a que cada um pode travar em suas circunstâncias. É inadmissível a idéia de submissão a decisões contrárias à própria soberania de cada nação, com ameaças. Topo da página

09/27/2001


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