Ex-presidente da Infraero diz que falta investigar empresas aéreas
Em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Apagão Aéreo, o ex-presidente da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero) tenente- brigadeiro-do-ar José Carlos Pereira afirmou que o acidente com o avião da Gol, em setembro de 2006, fez o país examinar a questão do controle aéreo a fundo. Segundo ele, o acidente com o avião da TAM, em 17 de julho deste ano, lançou os olhos do Brasil para as questões de infra-estrutura.
- Falta agora levantar o tapete das empresas aéreas - afirmou.
Questionado pelo relator da CPI, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), sobre o que isso queria dizer,Pereira afirmou que o país está dissecando o tráfego aéreo e a infra-estrutura e que agora deveria investigar as empresas aéreas.
- Tem que haver um trabalho sério em relação a isso - sugeriu.
O tenente-brigadeiro pediu ainda a criação, "com a maior urgência", de um plano aeroviário para o Brasil. Para ele, se não for feito um plano aeroviário, "esses fatos vão se repetir". Pereira afirmou que é preciso antecipar "o acidente iminente e a desgraça futura".
O senador Mário Couto (PSDB-PA) questionou por que motivo José Carlos Pereira não agiu antes do acidente com o avião da Gol se sabia que havia problemas no controle aéreo nacional. O brigadeiro informou que não tinha atuação no controle aéreo, apenas na administração aeroportuária. Mas afirmou que é preciso agir.
- Se isso (acidentes) puder acontecer de novo, seremos criminosos. Acidentes aéreos não podem se repetir. Se um erro de projeto levar um piloto a cometer um erro, outro piloto cometerá o mesmo erro no futuro - afirmou.
16/08/2007
Agência Senado
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