Executivo entrega Orçamento de R$ 10,78 bilhões para 2001



Uma peça prevendo gastos de R$ 10,78 bilhões foi protocolada hoje (sexta-feira, 15/09/2000) na Assembléia Legislativa como a proposta orçamentária do Estado para 2001. O documento foi entregue pelo governador Olívio Dutra ao primeiro-secretário do Legislativo no exercício da presidência, deputado Manoel Maria (PTB). O proposta do Executivo não levou em conta as reivindicações dos demais poderes, contempla aumento de impostos e não prevê suplementação orçamentária para Legislativo ou Judiciário. Inicialmente, a Assembléia havia pedido dotação de R$ 276 milhões. Atendendo a solicitação do governo, o poder parlamentar abriu mão de R$ 53 milhões. No entanto, a proposta do Executivo mantém a dotação do último orçamento aprovado, ficando em R$ 163,1 milhões. A peça prevê ainda R$ 532 milhões para o Judiciário, R$ 157,4 milhões para o Ministério Público. Os três, juntos, somam R$ 947,8 milhões. Um resumo do orçamento destaca como “principais investimentos e serviços nas políticas sociais” R$ 2.347 bilhões para educação, atendendo a um percentual de 35% da receita líquida de impostos e outros R$ 548,8 milhões para a área da saúde, o que significa 10% da receita tributária líquida. Ambos os percentuais se limitam a tende as exigências constitucionais. A verba prevista para a agricultura fica em R$ é de R$ 123,5 milhões. Destes, R$ 20,2 milhões são destinados a “aquisição de terras para agricultores assentados” e outros R$ 11 milhões para o Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento de Pequenos Estabelecimentos Rurais (FEAPER). Na área dos transportes, há R$ 277,1 milhões destinados a obras do DAER. O governo tem a expectativa de que, com a nova matriz tributária, sejam arrecadados R$ 450 milhões. Destes, R$ 125 milhões iriam “direto para os municípios”, restando R$ 325 milhões para que o Estado possa “fazer frente às suas despesas”. O governo prevê R$ 79 milhões para reduzir o déficit projetado para 2001 em cerca de R$ 391 milhões. O Secretário da Fazenda, Arno Augustin, anunciou após o encontro que o projeto com os aumentos de alíquotas será apresentado até o fim da primeira quinzena de outro. O governador Olívio Dutra destacou que a discussão da peça entre os poderes garante que o orçamento não seja uma mera peça de ficção. Sobre as reivindicações do Legislativo e Judiciário, que não foram atendidas, o governador disse que é preciso chegar a um orçamento com “duas pernas do mesmo tamanho, sem que a vaidade dos governantes ou a influência de grupos poderosos interfira”. Sobre a proposta de aumento de impostos, que chegará à Assembléia somente num “segundo momento”, disse que o que importa para a sociedade é a justiça fiscal.

09/15/2000


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