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Interação com o público, gerenciamento contínuo, transparência e clareza nas informações foram as principais características citadas por especialistas em comunicação para que parlamentares e instituições consigam ampliar o seu alcance na web. As afirmações foram feitas nesta sexta-feira (6), durante o 2º Seminário de Políticas e Novas Mídias, promovido pela Secretaria Especial de Comunicação Social do Senado (Secs).

O Consultor em Marketing Digital, Nino Carvalho, disse que a interação na internet deve ser feita por meio da conversa com o usuário, respondendo dúvidas, agradecendo eventuais elogios e utilizando uma linguagem simples e formal. Ele afirmou que as pessoas querem ser ouvidas e participar.

- Não dar atenção a esse apelo vai ser fatal para muitas organizações públicas que estão na internet – alertou.

Nino Carvalho explicou que a instituição ou o parlamentar que quiser ter um melhor desempenho nas novas plataformas da web precisa se apresentar ao cidadão e mostrar como a vida dele pode ser afetada por aquela pessoa ou órgão. Ele elogiou iniciativas do Senado que aproximam a população mostrando como cada um está envolvido com a casa legislativa, por exemplo, as campanhas “O Congresso faz parte da sua história” e “Seu voto faz o Congresso Nacional”.

O Consultor em Marketing também assinalou a importância de os conteúdos serem divulgados em vários formatos (áudio, texto, imagem) porque multiplica a possibilidade de escolha dos internautas e atinge mais pessoas.

Nino Carvalho citou dados de pesquisa realizada por ele que revelaram que 66% dos senadores têm conta no twitter, mas somente 38% interagem efetivamente com os seguidores. Ele disseainda que apenas 56% deles estão no Facebook. Quando se trata de sites, o número salta para 86%.

- Os políticos só estão onde estão para representar os brasileiros e eles precisam ouvir as pessoas porque o mundo caminha nessa direção – disse.

O editor da revista Campaigns & Elections Brasil, Bruno Hoffmann, deu dicas de como deve ser um site de um senador ativo. Ele disse que a página deve ser sempre fácil de ser compreendida, mesmo quando se tratar de assuntos mais complexos. Bruno lembrou que para um melhor entendimento, siglas devem ser evitadas e os senadores devem tentar abordar assuntos que mudem diretamente a vida da população, por exemplo, meio ambiente e direitos humanos.

Além disso, Bruno disse que os parlamentares podem buscar o apoio de organizações e pessoas famosas para conseguirem um maior ativismo digital e ressaltou que as atualizações na web devem ser feitas sempre em “ritmo de campanha”. Em relação aos sites e emails, o especialista lembrou que eles não podem ser apenas informativos.

- Por que os senadores não dedicam um espaço no site para os eleitores proporem leis? – sugeriu.

O especialista explicou que um email interativo é aquele que busca informações a respeito do destinatário, faz perguntas e pede por uma ação.

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