FHC oferece vice de Serra ao PMDB








- FHC oferece vice de Serra ao PMDB

- O presidente Fernando Henrique Cardoso convidou o PMDB a substituir o PFL como parceiro preferencial do PSDB.

FHC propôs uma maior participação do PMDB em seu Governo e formalização de uma aliança eleitoral tendo o pré-candidato tucano ao Palácio do Planalto, José Serra, na cabeça da chapa e um nome peemedebista na vaga de vice.

Em troca de espaço no poder, o PMDB forneceria ao Governo blindagem contra o PFL. A Serra, daria o tempo de TV do partido, que é o terceiro maior do horário eleitoral gratuito
Após reunião com FHC, o presidente do PMDB, Michel Temer, disse que o partido não apoiará a criação de uma CPI para investigar suposta espionagem política de tucanos, como acusa o PFL. O PMDB também decidiu votar a favor da prorrogação da CPMF. (pág. 1 e A4)

- O governo israelense retirou suas tropas e seus tanques das cidades palestinas, atendendo às pressões norte-americanas.

O enviado dos Estados Unidos à região, Anthony Zinni, reuniu-se em Tel Aviv com o ministro da Defesa de Israel, Binyamin Ben-Eliezer, e em Ramallah, na Cisjordânia, com o líder palestino Iasser Arafat.

Após uma primeira rodada de negociações com líderes israelenses, Zinni disse que "existem ingredientes para esperança" de que sua missão dê um fim à violência. (pág. 1 e A17)

- A TIM (Telecom Italia Móbile) pretende começar a operar no setor de telefonia celular em São Paulo e no Rio em abril.

Pela legislação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), a empresa italiana, que comprou uma concessão da banda E por R$ 1 bilhão, só poderia começar a operar no País a partir de 2003.

Mas a Anatel deverá aproveitar brechas nas regras para permitir que a TIM possa entrar na área de telefonia celular sem cumprir todas as exigências previstas. (pág. 1 e B7)

- Apesar do apoio anunciado por líderes pefelistas, a bancada do partido no Senado reluta em apoiar a CPI do grampo - proposta pelo PT após o PFL ter acusado os tucanos de envolvimento em espionagem contra Roseana Sarney (MA).

Para ser criada, a CPI precisa de assinaturas de um terço da Câmara e do Senado. (pág. 1 e A6)

- O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, recomendou ao STJ que declare válidos os atos da investigação na Lunus, empresa de Roseana Sarney (PFL-MA), incluindo a operação da PF. Ele confirmou a competência do STJ para apurar o caso enquanto Roseana for governadora - ela alega ter foro privilegiado. (pág. 1 e A11)

- A facção criminosa paulista PCC (Primeiro Comando da Capital) já firmou duas alianças com os dois principais grupos criminosos do Rio: o TC (Terceiro Comando) e o CV (Comando Vermelho), que, rivais entre si, estão em guerra aberta pelo comando do tráfico de drogas no estado.

Uma aliança originou o Primeiro Comando Jovem, dissidência da ala juvenil do TC. A parceria com o CV surgiu no presídio Bangu 1, onde chefes das facções se conheceram. A polícia do Rio diz que, em troca de drogas, o PCC dá armas ao CV, que tenta reaver áreas perdidas para o TC. (pág. 1 e C1)

- A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), lançou pacote de quatro medidas para tentar acabar com o esquema de desaparecimento de processos das administrações regionais.

As medidas visam aumentar o controle para tornar mais rígida a tramitação desses procedimentos e coibir a cobrança de propinas nas regionais - de onde somem processos desde 1978, pelo menos. (pág. 1 e C5)


Colunistas

PAINEL

O PFL está atônito. Com o esfacelamento da candidatura Roseana Sarney e a ofensiva do Planalto em favor de uma coligação de José Serra (PSDB) com o PMDB, o partido se deu conta de que poderá realmente perder o espaço preferencial que sempre manteve no Governo federal.

  • Acuado, o PFL ameaça assinar a CPI dos grampos para tentar mostrar força e recuperar seu espaço no Governo. O Planalto está preocupado, mas acha que os pefelistas não irão até o fim porque não querem um rompimento definitivo. O DNA governista falará mais alto. É só esperar a poeira baixar.

  • O Ministério Público do Maranhão pedirá abertura de 21 inquéritos na Polícia Federal para investigar empreendimentos financiados pela extinta Sudene (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste) no MA.

  • Severino Cabral, só da governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PFL), na empresa Lunus, está sendo processado pela prefeitura de São Luís (MA) por atraso no pagamento de impostos municipais. (pág. A4)


    Editorial

    "PERGUNTA NO AR"

    O triste e prolongado diálogo da crise que vitimou a Transbrasil ilustra uma situação que não se limita a essa empresa. É o setor de aviação civil que enfrenta, no Brasil como em outros países, um dos momentos mais difíceis de sua história.

    A diferença entre a crise brasileira e as dificuldades observadas em outros países fica por conta da maior ou menor capacidade de articulação de políticas e regras capazes de preservar, apesar e através das dificuldades empresariais, algum horizonte para o setor em seu conjunto.

    O desenho de uma política setorial para a aviação civil não é tarefa fácil. Mas é possível, como se observou nas decisões tomadas pelo governo norte-americano em favor de sustentação dos negócios no setor depois dos atentados em Nova York.

    No Brasil, o caso da Transbrasil, que já operava com dificuldades há algum tempo, torna-se ainda mais dramático como decorrência de um processo de liquidação que judicialmente ainda é nebuloso. (pág. A2)


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    03/16/2002


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