Fixação de cota para negros é debatida em audiência pública da CCJ
Além do ministro da Educação, Paulo Renato Souza, devem participar do debate o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Roberto Martins; o ex-governador do Distrito Federal Cristovam Buarque; a reitora da Universidade da Bahia, Ivete Sacramento; a professora do Departamento de Sociologia e Antropologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Neuma Aguiar; a secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Dulce Maria Pereira; o ator Milton Gonçalves; o presidente da Fundação Cultural Palmares, Carlos Alves Moura; e Mãe Sylvia de Oxalá, do Instituto Axé Ilê Obá.
A discussão pública da matéria foi requerida pelos senadores Francelino Pereira (PFL-MG) e Jefferson Péres (PDT-AM), com o apoio dos senadores Sebastião Rocha e Eduardo Suplicy (PT-SP).
Na justificação do projeto, Sarney revela sua pretensão de "quebrar a inércia existente" que impede os negros de competirem em condições de igualdade com os brancos no acesso ao ensino superior e ao mercado de trabalho. "Sem acesso à educação, os negros estão condenados à segregação", atesta.
Em seu parecer, Sebastião Rocha assinala o mérito do projeto de expressar, com senso de oportunidade, uma preocupação que deve ser de toda a sociedade brasileira. Na sua opinião, a desigualdade social é o maior de todos os empecilhos para que se construa uma sociedade democrática. "A desigualdade racial é, sem qualquer dúvida, uma face agressiva da desigualdade social entre nós", afirma.
01/10/2001
Agência Senado
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