Flávio Arns quer conhecer melhor levantamento do IBGE sobre deficientes
O senador Flávio Arns (PSDB-PR) informou ao Plenário que vai propor à Subcomissão de Assuntos Sociais das Pessoas com Deficiência, da qual é presidente, que solicite a uma universidade do país o exame dos números sobre deficientes no Brasil obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo dados do IBGE, 14,5% dos brasileiros têm alguma deficiência, seja física ou mental. Entretanto, a Organização das Nações Unidas, baseada em pesquisas em todo o mundo, sustenta que 10% das populações apresentam algum grau de deficiência.
Arns disse reconhecer a competência do IBGE, observando que a análise da pesquisa que está propondo buscará apenas esclarecer como o instituto chegou aos 14,5%. Um detalhamento do trabalho ajudará os governos e as entidades de apoio aos deficientes a conhecerem melhor as necessidades desta parcela da população, para um melhor planejamento de suas ações, argumentou.
Conforme o senador, nem sempre é fácil um pesquisador do censo saber se uma família tem ou não algum integrante com deficiência. Às vezes, nem mesmo a família desconfia que as dificuldades de algum filho podem ser resultado de alguma deficiência. Flávio Arns observou que, por causa de preconceitos, muitas famílias não gostam de falar do problema. Em outros casos, os familiares podem achar que o problema do parente não se enquadra como deficiência. Até pouco tempo atrás, por exemplo, uma pessoa que tinha visão em apenas um dos olhos não era considerada deficiente, ponderou.
Ele foi cumprimentado, em apartes, pelos senadores Augusto Botelho (PT-RR), Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e Jayme Campos (DEM-MT). Jayme Campos pediu apoio a projeto de sua autoria que autoriza a liberação do saldo de FGTS para que um pai de família adapte sua casa para um filho com deficiência. Eduardo Azeredo disse que o pré-candidato à Presidência da República do PSDB, José Serra, já declarou que pretende criar um ministério para cuidar da política de apoio às pessoas com deficiência.
20/05/2010
Agência Senado
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