Fogaça vê renúncia de ACM como gesto de foro íntimo



O senador José Fogaça (PMDB-RS) analisou nesta quarta-feira (dia 30) a renúncia do ex-senador Antônio Carlos Magalhães como um "ato de fórum íntimo", e o exercício de um "direito inalienável" de cada parlamentar, previsto na Constituição. Ele reconheceu, contudo, que o gesto de Antônio Carlos foi um "fato marcante e traduziu um momento significativo na vida política do país".

José Fogaça acrescentou que a renúncia de Antônio Carlos deve ser vista como o fim de um tempo em que os mandatos dos parlamentares eram, até então, "sagrados e intocáveis". Ele acrescentou que, depois desse episódio, os mandatos tornam-se "mais frágeis e dependendo de maiorias".

- Meu medo é de que, no futuro, se você tiver muitos adversários, possam ser criadas situações de injustiça, mas esclareço que nesses casos recentes não houve essa injustiça, embora me assuste essa onda punitiva baseada no desejo de vingança política - frisou José Fogaça.

30/05/2001

Agência Senado


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