Folha publica esclarecimento sobre o Minha Casa Minha Vida



Na edição deste domingo (20), a ombudsman do jornal Folha de São Paulo publicou esclarecimentos a respeito de reportagem sobre o empreendimento residencial do Minha Casa Minha Vida em Vitória da Conquista (BA). Na matéria, publicada na última quarta-feira (16), o veículo afirmava que as casas seriam entregues pela presidenta Dilma Rousseff sem energia e sem água.

A ombudsman citou o esclarecimento que já havia sido enviado anteriormente pelo Ministério das Cidades, informando que as casas foram entregues com instalações elétricas e hidráulicas e que cabia ao beneficiário do programa solicitar a ligação dos serviços às concessionária de energia e de água no estado.

Confira a íntegra da coluna:

“A Folha acusou a presidente Dilma de entregar casas sem água nem luz no interior da Bahia. O jornal mostrou, na quarta-feira, que parte das moradias inauguradas em Vitória da Conquista, no programa Minha Casa Minha Vida, estavam no escuro e a seco. Os moradores usavam velas à noite e enchiam baldes nas casas dos vizinhos.

Bastava ler o “outro lado” para concluir que a acusação não fazia sentido. O Ministério das Cidades explicou que as casas foram entregues com instalações elétricas e hidráulicas e que cabia ao beneficiário do programa pedir a ligação dos serviços às empresas de distribuição do Estado.

Acontece o mesmo com quem compra um imóvel sem ajuda federal: é a pessoa que, depois de receber as chaves, aciona o fornecimento de água, luz, gás, telefone.

Os casos relatados indicavam que nem havia um problema exagerado de demora na entrega desses serviços. Apenas uma dona de casa esperava a instalação de luz havia oito dias, três a mais que o prazo dado pela companhia elétrica.

Diante das explicações dadas pelo governo e pelas concessionárias de serviços estaduais, o jornal deveria ter derrubado a reportagem. Não adianta registrar burocraticamente o “outro lado”, como prega o “Manual da Redação”, mas insistir numa acusação vazia.

A Redação não concorda. “A informação de que as casas foram entregues sem água nem luz é relevante por mostrar a pressa com que o governo tem organizado essas inaugurações, por motivos obviamente eleitorais. O objetivo da reportagem era mostrar isso e não culpar a presidente pela falta de água e luz”, diz a editoria Poder.

Se era assim, por que o título dizia “Dilma multiplica viagens e entrega casas sem água e luz”? Em plena campanha (alguém duvida que já começou?), é preciso ser mais rigoroso com as denúncias envolvendo qualquer um dos candidatos. Do contrário, o jornal estará apenas fornecendo matéria-prima para os programas eleitorais de 2014.”

 

Fonte:

Blog do Planalto



21/10/2013 08:06


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