Forças Armadas iniciam substituição de tropas no Haiti
O primeiro grupo do 19º contingente brasileiro chegou nessa terça-feira (19), a Porto Príncipe, para atuar na Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah). Os 80 militares da Marinha, Exército e da Força Aérea Brasileira (FAB) substituirão membros do 18º contingente do batalhão brasileiro (Brabat, Brazilian Batallion, na sigla em inglês). O mesmo avião C-130 Hércules da FAB, que trouxe os novos integrantes, levou para o Brasil outros 80 militares, que encerraram a missão após seis meses de trabalho.
Até o dia 5 de dezembro, serão substituídos 1.450 integrantes que formam o maior contingente da Minustah. Do total, 1.200 pertencem ao Batalhão de Infantaria de Força de Paz (Brabat 19), outros 250 são da Companhia de Engenharia (Braengcoy). Do Exército Brasileiro são 856 homens e mulheres; da Marinha do Brasil, 244; e da Força Aérea, 34. Ainda compõe o contingente brasileiro, integrantes dos exércitos do Canadá, Paraguai e Bolívia.
Para o comandante do Brabat 18, coronel Zenedir da Mota Fontoura, o trabalho no Haiti é uma missão complexa e desafiadora. “É a missão de nossas vidas”, frisou. Fontoura, que passa o comando para o coronel Anísio David Junior, no dia 4 de dezembro, destaca a atuação das três Forças Armadas para garantir um ambiente seguro e estável.
De acordo com o comandante, os militares brasileiros também apoiam as atividades de assistência humanitária e o fortalecimento das instituições haitianas. Nestes seis meses do Brabat 18, engenheiros e técnicos atuaram na reconstrução de pontes e estradas do país. Ao sul, na Ilha à Vache, os militares refizeram o mercado municipal.
Outro trabalho realizado pelas equipes do Brabat 18 refere-se às ações sociais para a população haitiana, como por exemplo, um curso de primeiros socorros, no qual 130 haitianos tiveram noções de atendimento em saúde, evacuação de áreas críticas e imobilização de membros. Este treinamento motivou uma visita de dirigentes da Minustah para conhecerem o programa que poderá servir de modelo para outros contingentes estrangeiros no Haiti.
O Brabat ainda promoveu um curso inédito de qualificação profissional para a formação de eletricistas, mecânicos de veículos, borracheiro e de manutenção de ar condicionado e de máquina de lavar. Foram treinados 60 haitianos.
Brabat 19
Os integrantes do batalhão brasileiro foram treinados durante seis meses e passaram por uma rigorosa seleção em suas unidades no Brasil. Os voluntários do Brabat 19 pertencem ao Comando Militar do Sudeste (CMS) e são oriundos de organizações militares desta região do País.
Nos próximos seis meses, os militares, que estão sob as regras de conduta da Minustah, realizarão patrulhas durante 24 horas nos setes dias da semana, segurança de pontos sensíveis, escolta de comboios, operações conjuntas com as polícias do Haiti e das Nações Unidas, operações de busca e apreensão e de controle de distúrbios (se necessárias).
Fonte:
20/11/2013 16:53
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