"Francenildo não se venderia", diz jardineiro amigo do caseiro



Em curto depoimento nesta terça-feira (25) à Corregedoria Parlamentar do Senado Federal, o jardineiro Leonardo José Moura confirmou ter tentado intermediar a compra de uma casa na periferia de Brasília para o caseiro Francenildo Santos Costa, pivô da saída de Antonio Palocci do Ministério da Fazenda. A reunião foi presidida pelo corregedor da Casa, senador Romeu Tuma (PFL-SP).

Leonardo relatou que, no final de janeiro último, Francenildo teria pedido ajuda para encontrar um imóvel. O jardineiro disse que Francenildo afirmou ter um pai que recentemente o reconhecera como filho e enviado "um pouco de dinheiro", prometendo enviar mais recursos ao filho futuramente.

- Ele disse que tinha um dinheirinho guardado, enviado pelo pai, e pediu que eu procurasse, ajudasse a encontrar uma casa - afirmou Leonardo.

O jardineiro disse ainda ser amigo de Francenildo há cinco anos e que o caseiro desistiu da compra por não ter dinheiro suficiente. Leonardo frisou que o caseiro não afirmou ter dinheiro depositado em banco.

- Nem cheguei a ver o dinheiro. Somos muito amigos. Ele é trabalhador, honesto, tem esposa e filho. Acredito que ele não se venderia - afirmou o jardineiro.

Em resposta à Tuma, Leonardo informou só ter comentado o episódio com os donos da casa onde trabalha (próxima à chamada "República de Ribeirão Preto") e com um jornalista do jornal O Globo, que havia acabado de entrevistar Francenildo, no dia em que o jornal O Estado de S. Paulo publicou a primeira entrevista do caseiro.



25/04/2006

Agência Senado


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