FREIRE DIVULGA MANIFESTO DO PPS PELO DIÁLOGO E PELA ESPERANÇA
Ao divulgar, nesta terça-feira (dia 7), o manifesto do PPS, aprovado em seu Encontro Nacional, o senador Roberto Freire (PPS-PE) anunciou que irá se encontrar, em breve, com o presidente do PT, José Dirceu, com vistas a uma política de alianças para disputar as eleições de 2000 e 2002. "Temos a vocação do diálogo e, diante dos resultados do Congresso do PT, existe uma real possibilidade de aliança", disse.Segundo Freire, o PPS está apresentando, com Ciro Gomes, uma alternativa às políticas equivocadas do atual governo, que aprofundam a crise ao não recorrer às possibilidades disponíveis nos cenários nacional e mundial visando à retomada do desenvolvimento. "Renovamos o apelo às forças de oposição democrática para formular um projeto de centro-esquerda para o país. Por intermédio de prévias, em 2001, devemos escolher um nome para ser candidato presidencial", explicou.O senador por Pernambuco enumerou pontos do manifesto como o respeito à ética, a necessidade de retomada do crescimento do país e o combate às desigualdades sociais. "Nos últimos 50 anos, o Brasil foi um dos países que mais cresceu no mundo, mas se tornou o campeão mundial das desigualdades. Ao postular o poder, o PPS tem como objetivo fundamental diminuir esse desnível entre ricos e pobres".Roberto Freire afirmou que o século XX tem sido descrito por muitos como o cenário da luta entre capitalismo e comunismo. "Não concordo. A ascenção da mulher e seus novos papéis na sociedade, bem como a conscientização da necessidade de respeitar o meio ambiente, são fatores que tiveram repercussão muito maior na moldagem da humanidade e da sociedade moderna".Ao enfatizar que o manifesto do PPS é um documento de esperança, Freire lembrou que o partido divulgou muitos manifestos nas últimas décadas. "Alguns proféticos, outros equivocados, mas todos cheios de esperança no futuro da humanidade e do Brasil. Nesse final de século não poderia ser diferente. O país apresenta desequilíbrios sociais, mas a economia tem vitalidade. E não corre mais riscos de caos ou de retrocesso político", garantiu.
07/12/1999
Agência Senado
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