Garibaldi Alves: "Gastar não está proibido, mas deve haver cautela"



Ao comentar o pedido do ministro da Fazenda, Guido Mantega, de que o Congresso não aprove projetos que aumentam os gastos para a União, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, disse que, embora em um período de crise seja necessária cautela para evitar o aumento dos gastos públicos, devem-se ressalvar os que representam investimentos porque gastar "não está proibido".

- Acho que o que se impõe nessa hora é a contenção de despesas de custeio, gastos correntes e manutenção da máquina. Agora, tem que examinar caso a caso e ter muita cautela, como disse o ministro. Gastar não é proibido; o que está proibido é gastar como se gasta às vezes, de uma forma exorbitante e equivocada. Gastar em investimento, em educação e saúde - não se pode proibir isso porque isso é gastar certo - afirmou.

Garibaldi fez o comentário em entrevista à imprensa, ao deixar a audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), com o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, sobre os efeitos, no Brasil, da crise financeira internacional.

O presidente do Senado defendeu, no entanto, a votação da Medida Provisória 431/08, que reestrutura a carreira de vários cargos do Poder Executivo e cria novas vagas para a Polícia Federal, porque, em sua opinião "a PF continua muito desfalcada de quadros". Ele reiterou que, na próxima semana, devem ser votadas pelo menos quatro MPs.

Eleição

Garibaldi também comentou a sucessão para a Presidência do Senado, dizendo que "entendimentos ainda serão realizados visando à posição que o PMDB vai adotar". Mas comentou que o partido, no Senado, até poderia ter candidato próprio, pois "tem 20 senadores, a maior bancada, e, se pelo menos não pensasse em ter candidato próprio, não poderia ser considerado uma bancada unida".

O senador avaliou a decisão do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia, de demitir mais de cem parentes de parlamentares e servidores daquela Casa:

- O presidente Chinaglia está fazendo certo, como fiz, porque tem que cumprir a lei, custe o que custar - ressaltou.



30/10/2008

Agência Senado


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