Garibaldi discute com líderes criação de nova CPI dos Cartões e desbloqueio da pauta do Plenário



O presidente do Senado, Garibaldi Alves, almoça nesta terça-feira (8) com os líderes partidários, ocasião em que discutirá a criação de nova comissão parlamentar de inquérito para investigar os cartões corporativos, trabalhará pelo desbloqueio da pauta de votações do Plenário e apelará pela moderação. Certo de que o funcionamento simultâneo de duas CPIs para investigar o mesmo tema poderá resultar em turbulência, ele pedirá aos parlamentares que se contenham para evitar o uso de linguagem vulgar.

- Uma CPI já cria turbulências, imagine duas tratando do mesmo assunto. Não tenho solução para esses conflitos. Vou fazer um apelo pela moderação, para que evitem troca de acusações, uso de linguagem chula. O uso desses termos não é bom para o Legislativo - afirmou nesta segunda-feira (7) em entrevista, por telefone, à Agência Senado.

Na mesma reunião, Garibaldi Alves trabalhará para que o Congresso volte a se reunir para deliberar sobre vetos presidenciais, uma das prerrogativas do Parlamento que ele considera inaceitável que seja negligenciada. No encontro, disse ele, deverá ser discutida também a proposta de emenda à Constituição, que se encontra em análise na Câmara, e que muda o rito de tramitação das medidas provisórias. Para o presidente do Senado, é fundamental que a iniciativa seja votada logo.

Neste momento, trancam a pauta de votações do Senado medida provisória que abre crédito extraordinário de R$ 1,6 bilhão em favor de diversos órgãos do Executivo e dois projetos de lei de conversão, dispondo sobre franquia postal e data de pagamento de benefícios da Previdência. Indagado sobre o que é prioritário para votação no Senado depois que essas matérias forem votadas, Garibaldi respondeu.

- Essa é a única coisa que não posso informar, porque, desobstruída a pauta, novas medidas provisórias virão. Isso é certo. Já estão no forno. Não podemos criar nenhuma expectativa de votação enquanto não pararem de chegar tantas medidas provisórias - disse.



07/04/2008

Agência Senado


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