Garibaldi diz que espaço para reforma tributária é mínimo



O presidente do Senado, Garibaldi Alves, defende uma reforma tributária para reduzir o excesso de impostos pagos no país, mas considera difícil essa iniciativa ser aprovada em 2008. Entrevistado na manhã desta sexta-feira (14), ele disse que essa reforma teria que ser aprovada no curso do primeiro semestre do próximo ano, já que, no segundo semestre, os parlamentares estarão focados nas eleições municipais.

Garibaldi Alves defendeu uma saída para o impasse em que ficou o governo com a perda de R$ 40 bilhões de recursos orçamentários que não estarão mais disponíveis em 2008. Essa perda resultou da rejeição da prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Na madrugada da votação, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda tentou lograr êxito, oferecendo à oposição a idéia de destinar toda a arrecadação da CPMF aos serviços de saúde.

- Na verdade, devemos ter uma saída para esse impasse que não redunde em sacrifício para a população e nem em corte em investimentos sociais. Esse acordo oferecido pelo governo e que não saiu pode sair agora. Estou pronto para colaborar com ele - disse o senador.

- Presidente, os quarenta bilhões de reais que ficarão agora nas mãos da população, isso não vai gerar inflação?

- Vão ficar quarenta bilhões de reais nas mãos da população e, não podemos esquecer, também nas mãos dos empresários. Nossa preocupação deve se voltar para que os programas sociais e de saúde não sofram perdas. Me preocupa muito também o aspecto inflacionário. O Brasil não pode abrir mão de uma política anti-inflacionária. O importante é que a população não sofra e não arque com as conseqüências da perda desse tributo.



14/12/2007

Agência Senado


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