Para Garibaldi Alves, há tempo para reforma tributária e CPI



Ao despedir-se, na manhã desta quinta-feira (28), do ministro da Fazenda, Guido Mantega,que trouxe ao Congresso a proposta de reforma tributária do governo, o presidente do Senado, Garibaldi Alves, afirmou que, havendo vontade política, nada impede o Legislativo de conduzir essa reforma e os trabalhos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Cartões Corporativos.

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Garibaldi definiu a proposta trazida por Mantega como "uma aspiração de toda a sociedade brasileira, de todos aqueles que se constituem em produtores de riquezas, entre eles os próprios trabalhadores". Disse que todo o país sente a necessidade de uma reforma tributária e que o momento adequado para executá-la é agora, quando o Brasil está crescendo e tornando-se mais apto a atender à crescente demanda por maior distribuição de renda.

Indagado por um jornalista por que essa reforma, que não andou nos últimos anos, andaria agora, Garibaldi Alves respondeu:

- Andará exatamente em razão do momento em que vivemos. Em casa que não tem pão, todos falam e ninguém tem razão. Mas agora, não. Agora o governo está disposto a promover uma reforma onde todos possam ganhar, onde todos possam se colocar melhor diante da estrutura tributária do país.

O presidente do Senado reconheceu que, no segundo semestre, poderá haver dificuldade de quórum para conduzir as votações, mas assegurou que o Congresso pode, a partir de agora, dedicar-se a um esforço de votação até agosto.

- No segundo semestre nós teremos condições de trabalhar até o final do mês de agosto. Há condições de realizar sessões. O problema é mais de vontade política que da eleição municipal. Se os congressistas tiverem vontade de fazer uma reforma, a eleição não vai atrapalhar. Eu trabalho com a perspectiva de votarmos essa reforma até o final de agosto.

Na mesma entrevista, o presidente do Senado manifestou sua certeza de que há tempo para o Legislativo conduzir, dentro do prazo, as investigações da CPI dos Cartões Corporativos, cujos integrantes ainda precisam ser indicados pelos partidos políticos. Indagado sobre até quando esperará que as legendas indiquem esses nomes, ele respondeu:

- Eu vou aguardar até terça-feira (4), no máximo, para que os partidos façam as indicações. Eu acredito que o acordo feito entre os partidos vai ser respeitado, pelo menos foi isso que nós ouvimos ontem (27) do senador Artur Virgílio [PSDB-AM]. Também não vejo como a Câmara poderia deixar de contribuir para essa CPI mista.



28/02/2008

Agência Senado


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