Garibaldi diz que não quer desistir da candidatura à Presidência do Senado
"Eu não quero desistir" [da candidatura à Presidência do Senado]. Com essa frase, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho, afirmou nesta terça-feira (13) que a falta de apoio de toda a bancada do PMDB é a única possibilidade que o levará à desistência. Garibaldi ressaltou que seu nome está na disputa porque o senador José Sarney (PMDB-AP) não quis concorrer. Ele disse ainda que tem apoio em outros partidos, mas que esses votos só serão apresentados nas reuniões dessas bancadas.
- Eu não quero desistir. Queria dizer a vocês que a versão real minha é que eu não quero realmente desistir. Agora, não quero também ser mais realista do que o rei - disse Garibaldi, ao referir-se à eventual retirada do apoio ao seu nome pela bancada do PMDB.
Questionado por jornalistas se, na hipótese de Sarney ser eleito para a Presidência do Senado, o senador Tião Viana (PT-AC) - que também é candidato à sucessão presidencial no Senado - receberia como "prêmio" o Ministério da Saúde, Garibaldi afirmou que se trata de cogitações.
- Para eu chegar a essa situação, teria de contemplar a renúncia do Tião, que não renunciou; a saída do Temporão, que não saiu. São tantas as hipóteses postas diante disso que eu não tenho condições de fazer nenhum comentário porque as coisas simplesmente não aconteceram - afirmou Garibaldi.
Liderança do PMDB
Quanto à possibilidade de o senador Renan Calheiros (AL) assumir a liderança do PMDB no Senado, o presidente informou que Renan recebeu mais apoio do que Valdir Raupp (RO) em uma lista dos possíveis nomes para o cargo. Garibaldi disse não ter assinado tal lista porque, como presidente da Casa, julgou que não deveria se envolver nessa questão.
Contratos
O presidente do Senado também pediu informações, por telefone e diante da imprensa, ao diretor-geral do Senado, Agaciel da Silva Maia, sobre afirmação da imprensa de que o Senado não teria respondido à solicitação do procurador do Tribunal de Contas da União (TCU) Marinus Marsico de envio da documentação de contratos. Tais documentos dizem respeito a contrato com a empresa que realizou a reforma do comitê de imprensa, assim como com empresas que prestam serviços terceirizados na Casa.
Agaciel disse a Garibaldi que o Senado sempre apresentou todos os documentos solicitados pelo TCU e que os documentos em questão foram encaminhados duas vezes àquele tribunal. O responsável pela comissão que acompanha os processos de licitação, Florian Madruga, informou que a solicitação do TCU foi encaminhada ao diretor-geral para as devidas providências. Florian afirmou que a Presidência ainda não recebeu retorno daquela diretoria sobre os documentos.
13/01/2009
Agência Senado
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