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Para Garibaldi, há outras prioridades no Senado:

- Nós estamos realizando um concurso. O concurso é muito mais necessário do que o aumento de cargos dessa natureza - disse Garibaldi, ao ser questionado por jornalistas sobre a medida, que deve vigorar a partir de 1º de agosto.

Garibaldi contou ter argumentado com os integrantes da Mesa que não há explicação convincente para a criação desse cargo. Em sua opinião, um aumento de despesa como esse precisa ser explicado, a qualquer momento, ao contribuinte e ao eleitor. O cargo terá um salário de R$ 9.979,24 e, de acordo com Agaciel Maia, há disponibilidade orçamentária para sua criação.

O presidente do Senado disse que o problema é mais de natureza política:

- Eu fui contra. Fui contra o valor. Tudo que foi decidido não contou com minha aprovação. E eu fiz um apelo para que isso não fosse feito. Mas a Mesa decide através dos seus integrantes. A disponibilidade financeira existe. O problema não é nem mesmo financeiro, é mais político, mais de natureza estrutural. É que o Senado, na verdade, não está precisando de criar mais cargos, há outras prioridades. Pega mal, não vai ser bem entendido, nem assimilado.

Na entrevista, Garibaldi Alves repetiu algumas vezes que a decisão foi tomada pela Comissão Diretora e que seus integrantes votaram de acordo com suas consciências. Ele também pediu que o diretor Agaciel Maia desse uma entrevista aos jornalistas, explicando o ato da Mesa.

O presidente enfatizou que votou contra a criação do cargo para os gabinetes dos senadores.

- Está aí decidido. Eu fiz uma advertência de que não deveria ser colocado em votação. Mas os membros da Mesa insistiram para que fosse colocado em votação. Eu votei terminantemente contra, porque creio que o momento não é apropriado para nenhuma criação de cargo e nenhum aumento de qualquer natureza. 

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