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- Enquanto nós temos uma gráfica como esta, nós temos uma Comissão de Orçamento, que me perdoem o senador José Maranhão [presidente da comissão], o deputado José Pimentel [relator do Orçamento] e o presidente da Câmara [Arlindo Chinaglia]. E eu também faço parte disso. Mas temos uma Comissão de Orçamento que precisa se modernizar. O problema não é só o Senado se modernizar. Isso aqui já é um atestado da sua modernização. O Senado precisa crescer e se modernizar com honra e com dignidade - afirmou.

Sob os aplausos dos servidores da gráfica, Garibaldi recomendou que a instituição trabalhe para que os servidores possam dela se orgulhar. Disse que o Senado não merece o que passou e o que vem passando em termos de desgaste em sua imagem. Também observou que, sendo uma instituição centenária, deveria ser uma das mais respeitadas do Brasil.

- Eu me orgulho do que foi feito até aqui pela Casa, mas quero me orgulhar também do que é feito no Plenário e nas comissões técnicas, porque, por mais que a gráfica se modernize, a opinião pública não vai mudar sua impressão. Vocês são responsáveis por essas máquinas, por esse patrimônio, mas vocês também são responsáveis pela dignidade do Senado. Eu faço um apelo a todos, vamos construir gráficas, vamos construir Prodasens [centro de processamento de dados], como construímos, mas não vamos nos descuidar daquilo que é o patrimônio mais importante já construído pela civilização, a dignidade humana. Nesse aspecto, vamos construir um novo Senado.

Ao lado do diretor-geral Agaciel Maia e do diretor da Gráfica do Senado, Julio Pedrosa, Garibaldi inaugurou três equipamentos - uma impressora digital Xerox 8265 para impressões de grandes formatos, um sistema de gravação de chapas capaz de ser acionado diretamente do computador, chamado de computer to plate, e uma impressora offset Man Roland R700 3B-P. Presentes à solenidade, o 1º secretário Efraim Morais (DEM-PB) e os senadores Romeu Tuma (PTB-SP), Papaléo Paes (PSDB-AP), Serys Slhessarenko (PT-MT), José Nery (PSOL-PA) e Flávio Arns (PT-PR) acompanharam o presidente da Casa no descerramento das várias placas da inauguração.

Em discurso, Efraim Morais louvou a modernização não só da gráfica, mas de todo o Senado, dizendo que este é o único Legislativo do mundo a ter uma universidade. O 1º secretário referiu-se ao edital que propiciará a venda da folha de pagamento dos funcionários do Senado para, com os recursos obtidos, construir obras já projetadas para a Casa. Ele disse esperar que essas iniciativas se concretizem ainda na gestão de Garibaldi Alves.

O diretor Agaciel Maia também discursou para lembrar dois marcos históricos na historia da Gráfica. O primeiro foi o ato do então presidente do Senado Auro de Moura Andrade que, em 1963, inaugurou a gráfica para garantir a publicação dos discursos parlamentares livres de censura do Executivo, dando com isso autonomia ao Legislativo. O outro foi o fato de que, meia hora depois da renúncia do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1992, o Diário do Senado trazia a publicação do ato de renúncia, impedindo assim que se consumasse a vacância de poder.

Agaciel Maia disse ainda que a autonomia da Gráfica confunde-se com a autonomia do próprio Legislativo. Ele observou que começou no serviço gráfico o processo de modernização do Senado brasileiro, considerado hoje pela Organização dos Estados Americanos (OEA) um dos três Senados mais modernos do mundo.

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