Garibaldi quer que MP do setor elétrico seja mais debatida



Apesar de reconhecer que o governo acerta ao propor um novo modelo energético para o país, o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) defendeu que a parceria entre o setor público e a iniciativa privada, proposta pela medida provisória (MP) nº 144/04, em exame no Senado, necessita ser melhor definida e que a sua eficácia dependerá de uma lei reguladora.

Para o senador, a medida provisória, que deverá ser votada junto com uma outra MP que trata do mesmo assunto na sessão plenária da próxima terça-feira (17), deve "merecer mais confiança dos investidores", além de permitir a redução de custos para a indústria, comércio, redução da tarifas domésticas e o que chamou de saudável concorrência entre os agentes do setor, "facilitando e tornando mais séria a concorrência".

- Investimentos no setor elétrico não podem ficar submissos à vontade discricionária do ministro do dia ou das oscilações livres do mercado, isento de marcos regulatórios. As leis, em qualquer democracia estável, têm que gerar confiança e reduzir os riscos. Um país não pode atrair investidores para atividades permanentes se as suas leis são provisórias, não seja capaz de ampliar os negócios privados, e se o Estado ultrapassa os limites de seu poder de regular - alertou Garibaldi Alves Filho.

Por isso, na avaliação do senador, a MP em discussão no Senado deve conferir o máximo de segurança ao investidor privado, e isso só poderá ocorrer com a estabilidade das regras.Afinal, informou Garibaldi Alves Filho, para realizar os investimentos necessários ao fornecimento de energia elétrica, o país terá que despender cerca de R$ 20 bilhões a cada ano, dos quais, na melhor das hipóteses, conforme observou, o setor público conseguirá investir apenas R$ 9 bilhões ao ano, cabendo o restante à iniciativa privada.



12/02/2004

Agência Senado


Artigos Relacionados


Observatório do Semiárido quer que desertificação seja debatida a cada dois anos

Maguito quer suspensão das privatizações do setor elétrico

PPS quer parar privatização de empresas do setor elétrico

Freire quer retirar setor elétrico do processo de privatização

Garibaldi espera que 2008 seja mais proveitoso que 2007

BNDES deverá ter mais R$ 90 bilhões para financiar o setor elétrico