Geovani Borges saúda governo brasileiro por insistir no consenso na Rodada de Doha



O senador Geovani Borges (PMDB-AP) elogiou o governo brasileiro por ainda buscar o consenso após a chamada Rodada de Doha de liberalização do comércio mundial. De acordo com o senador, em pronunciamento nesta quarta-feira (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ainda têm esperanças de que o quadro negativo das últimas negociações seja revertido.

- Lula telefonou para o primeiro-ministro indiano, dizendo que é fundamental jogar tudo para Doha não morrer na praia - disse o senador.

A última edição das negociações terminou sem acordo, no final de julho, após o bloco dos países em desenvolvimento ter considerado insuficiente a proposta de redução dos subsídios agrícolas apresentada pelos Estados Unidos.

Geovani Borges lembrou que a Rodada de Desenvolvimento de Doha foi aberta em novembro de 2001, em Doha, capital do Qatar, quando os 153 países integrantes da Organização Mundial do Comércio (OMC) iniciaram as tentativas para promover a abertura de mercados nos setores agrícola, industrial e de serviços. A seu ver, as negociações ocorrem "em benefício do mundo em desenvolvimento".

A partir dali, disse o senador, novas reuniões foram realizadas em 2003 (no México), 2004 (Suíça), 2005 (Estados Unidos e Hong Kong), 2006 e 2007 (Suíça), sempre com impasses quanto à redução dos subsídios agrícolas das nações desenvolvidas, principalmente Estados Unidos, Rússia e países da União Européia.

- O principal problema da Rodada de Doha é justamente a preocupação excessiva de cada país em favor de seus próprios interesses, uma vez que, teoricamente, o maior propósito das negociações seria o desenvolvimento dos países pobres e o combate à fome - disse o senador.

Em julho de 2008, continuou Geovani Borges, ministros de 30 países se reuniram em Genebra (Suíça), com o objetivo de "salvar a Rodada de Doha", mas o impasse continuou e as negociações foram consideradas fracassadas.

Na interpretação de Geovani Borges, a maioria dos países "querem mercados mais abertos para seus produtos, mas não desejam abrir seus próprios mercados, pois temem que tal abertura prejudique suas economias".

- Todo mundo quer ganhar, ninguém quer ceder. Todos têm medo de perder. A ganância sem limite sempre foi um forte obstáculo ao bom senso - concluiu Geovani Borges.

13/08/2008

Agência Senado


Artigos Relacionados


Geovani Borges saúda o Exército Brasileiro no Dia do Soldado

Geovani Borges saúda transferência de programa da Secretaria da Juventude para o MEC

Geovani Borges saúda novos tratamentos do programa Brasil Sorridente

Geovani Borges saúda anúncio do 3º Pacto Republicano para maio

Geovani Borges saúda criação de frente parlamentar que vai debater a regularização fundiária urbana

Geovani Borges saúda movimento de parteiras tradicionais pela profissionalização e humanização do parto