Geraldo Cândido considera desnecessário o Dia do Trabalho
Segundo Cândido, os trabalhadores não podem comemorar a venda ou doação do patrimônio nacional construído pela força de trabalho do brasileiro. Tampouco podem se alegrar com a entrada do país em um processo de globalização que torna os países ricos sempre mais ricos, reduzindo os pobres, como o Brasil, a uma espoliação cada dia maior. "Comemorar, só se for por masoquismo", disse.
Ao manifestar sua preocupação crescente com o desemprego, Cândido anunciou a apresentação de projeto de lei reduzindo a jornada de trabalho para 35 horas semanais, com média de 7 horas diárias. Ele afirmou não se tratar de uma utopia, uma vez que experiências em países como a França mostraram a eficácia dessa política para fazer crescer os postos de trabalho.
O senador afirmou que, se os 25 milhões de empregados que fazem horas-extra no país deixassem de fazê-lo, seriam criados 2,4 milhões postos de trabalho. Cândido defendeu, também, investimentos governamentais maciços na agricultura, na pecuária e na construção civil, setores que absorvem muita mão-de-obra.
O senador pelo Rio de Janeiro garantiu que o governo dispõe de recursos para investir nesses setores, mas prefere gastar no pagamento das dívidas interna e externa. "Os recursos governamentais existem, mas estão aprisionados dentro de um circuito financeiro pernicioso que beneficia banqueiros e impede o crescimento da economia do Brasil", concluiu Geraldo Cândido.
26/04/2001
Agência Senado
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